Meu avô já me dizia: "Trabalhe bastante e com prazer para que seu serviço seja sempre o melhor e sempre valorizado". Infelizmente ele não está mais aqui para me passar seus ensinamentos, mas em um recente contato com o amigo Jorge Mazzaro Neto, redator do blog Hot & Rusty, que leva o nome da oficina de seu amigo Sergio Liebel, pude constatar que toda a experiência que meu avô adquiriu ao longo dos anos, tentou me mostrar e hoje tento aplicar, foram muito bem investidas por Sergio Liebel em sua oficina em Curitiba/PR.
Conta Jorge Mazzaro, que forneceu-me todas as belas fotos deste belo ensaio ao pôr-do-sol:
Os flames que Sergio tanto aprecia não teriam sentido neste Hot se o mesmo não fosse capaz de causar grande furor com as verdadeiras labaredas que são expelidas pelo escapamento através de um sistema importado que libera combustível diretamente no sistema que, aquecido com o calor dos canos, incendeia e expulsa as labaredas.
A carroceria vermelha instiga e chama atenção. Lisa (sem fechaduras ou maçanetas), num tom reluzente, sempre com um brilho extremo e com detalhes marcantes como os grandes pára-lamas e o perfeito alinhamento, a carroceria do Roadster'30 é como uma dama de vermelho num mini-vestido provocante: não há como passar despercebido. Os detalhes dos flames aerografados como se estivessem saindo pela grade dianteira fazem com que a verdadeira essência deste hot seja exposta em carne: Fire, baby! Na traseira o "banco da sogra" agora é acionado eletricamente. Talvez não para facilitar a abertura, mas sim, para guilhotinar àquela a qual foi dedicado o pequeno espaço. Brincadeiras a parte (todas tem um fundo de verdade)...
As belas rodas American Racing modelo Hot Rod Hopster são assimétricas e possuem medidas 6x15", calçadas com pneus 185/65-15" na dianteira e medidas 8x17" com pneus 235/60-17" na traseira. A suspensão dianteira conta com eixo rebaixado da Superbell enquanto na traseira foi montado um sistema 4Link com amortecedores Aldam nos quatro cantos. Isso garante ao Red Hot uma estabilidade extremamente sensível e uma tocada bastante aprazível. Para parar, freios a disco ventilados na dianteira.
A orquestra é regida por um clássico motor Ford 302" V8 capaz de desenvolver cerca de 350cv dada a preparação destinada pela Hot & Rusty. A bomba de óleo é uma Holley hi-pressure e mantém o fluxo de óleo constante e sempre com uma boa pressão no sistema para evitar quebras. A alimentação é feita por um par de carburadores quadrijet da Edelbrock de 500cfm, servidos por uma bomba Holley sugando combustivel de um tanque em aço inox de 35 litros. O volante do motor é aliviado da B&M para favorecer a subida de giro e a melhor distribuição de torque e potência. Os cabeçotes são Edelbrock em alumínio e receberam comandos de válvulas 292°/312º. O coletor de admissão é um Edelbrock Performer RPM, enquanto o coletor de escape foi feito sob medida para o Red Hot. A ignição conta com bobina Holley, distribuidor MSD e cabos de velas Taylor. A transmissão fica por conta de um câmbio Ford C4 que mostra-se perfeitamente adaptado à nova configuração. A parede do motor recebeu revestimento em aço inox para reduzir o calor do cofre e destacar ainda mais o belo conjunto do motor.
Internamente o belo Red Hot Roadster é uma mistura de NewModernClassic pois conglomera em um único ambiente uma agressividade dos flames, a sofisticação do couro e a pureza/alma dos autênticos Hot Rods em um único local. Os forros de porta e os bancos personalizados, juntamente com o console que os separa, foram revestidos em couro bege. O painel pintado na cor da carroceria recebeu ao centro um conjunto com os manômetros da AutoMeter emoldurados por um molde em aço inox, este ladeado pelos belos flames de Guga. A alavanca de câmbio é da Lokar enquanto que o volante, forrado em couro na mesma tonalidade dos bancos e forros de porta, veio da Billet Specialties.
Considerado "Um dos dez carros mais bonitos do Salão de Carros e Acessorios de 2010", sagrou a Hot & Rusty como uma das empresas mais bem conceituadas no ramo Hot Rodder no Brasil pelos mais diversos apreciadores, admiradores, especialistas e críticos do setor. Um carro com corpo e alma transformados agressivamente, mas sem perder sua alma.
Aprendi com meu avô que trabalho tem que dar prazer e prazer (obrigatoriamente) tem que dar trabalho para poder ser aproveitado, valorizado e curtido ao máximo. Melhor do que eu, Sérgio Liebel conseguiu unir perfeitamente a síntese do trabalho e prazer não só em um exemplar, mas em todos aqueles que saem pela porta de sua oficina.
Conheça mais sobre a Hot & Rusty: http://www.hotandrusty.blogspot.com.
Grande abraço a todos!
Conta Jorge Mazzaro, que forneceu-me todas as belas fotos deste belo ensaio ao pôr-do-sol:
"Conheci o Sergio Liebel e sua oficina particular a Hot & Rusty, através de um amigo em comum. Eu já tinha visto os carros dele em encontros de carros aqui em Curitiba sempre achando-os muito bem feitos e também de muito bom gosto, não perdendo em nada para carros americanos.
Lembro da primeira vez que fui à Hot & Rusty: Sergio me recebeu muito bem, meio ressabiado e até um pouco seco, mas respondeu todas as minhas milhares de perguntas e me mostrou toda a oficina. Comecei a freqüentar a Hot & Rusty, conhecer mais Sergio e sua turma (Ney, Emo e Joãozinho) e com isso fui construindo uma amizade com essa turma.
Sempre perguntado, trocando idéias, falando do mundo do hot rods e Sergio sempre com muita paciência respondendo e me ensinando muito sobre hots, principalmente os da década de 30. Percebi que isso não era somente comigo, mais com varias pessoas que ligavam ou iam até a oficina tirar dúvidas e ate pedir conselhos para o Sergio. Observei também que ele apóia muito cultura hot no Brasil e que também ajuda promover encontros de Hot Rods nacionais.
Vendo e vivendo tudo isso, tive a idéia de criar um blog sobre Hot Rods e sua cultura. E quem melhor para me ajudar do que Sergio? Então fui até a Hot & Rusty e falei sobre o blog com ele. Mais uma vez vi que Sergio ficou ressabiado, mas topou a idéia e me passou milhões de fotos de carros, eventos nacionais, internacionais...
A primeira postagem do blog, foi um Ford Roadster 1930 chamado de Red Hot. Um carro lindo feito pela Hot & Rusty, capa de revista e tudo mais. Na época das fotos para a revista ele não possuia os flames e uma das marcas registradas do Sergio é que nenhum carro dele esta acabada sem ter flames. Foi então que Sergio chamou o Guga, amigo e artista do aerógrafo, e quem fez praticamente todos os flames dos carros do Sergio, para 'terminar' o Red Hot."
Os flames que Sergio tanto aprecia não teriam sentido neste Hot se o mesmo não fosse capaz de causar grande furor com as verdadeiras labaredas que são expelidas pelo escapamento através de um sistema importado que libera combustível diretamente no sistema que, aquecido com o calor dos canos, incendeia e expulsa as labaredas.
A carroceria vermelha instiga e chama atenção. Lisa (sem fechaduras ou maçanetas), num tom reluzente, sempre com um brilho extremo e com detalhes marcantes como os grandes pára-lamas e o perfeito alinhamento, a carroceria do Roadster'30 é como uma dama de vermelho num mini-vestido provocante: não há como passar despercebido. Os detalhes dos flames aerografados como se estivessem saindo pela grade dianteira fazem com que a verdadeira essência deste hot seja exposta em carne: Fire, baby! Na traseira o "banco da sogra" agora é acionado eletricamente. Talvez não para facilitar a abertura, mas sim, para guilhotinar àquela a qual foi dedicado o pequeno espaço. Brincadeiras a parte (todas tem um fundo de verdade)...
As belas rodas American Racing modelo Hot Rod Hopster são assimétricas e possuem medidas 6x15", calçadas com pneus 185/65-15" na dianteira e medidas 8x17" com pneus 235/60-17" na traseira. A suspensão dianteira conta com eixo rebaixado da Superbell enquanto na traseira foi montado um sistema 4Link com amortecedores Aldam nos quatro cantos. Isso garante ao Red Hot uma estabilidade extremamente sensível e uma tocada bastante aprazível. Para parar, freios a disco ventilados na dianteira.
A orquestra é regida por um clássico motor Ford 302" V8 capaz de desenvolver cerca de 350cv dada a preparação destinada pela Hot & Rusty. A bomba de óleo é uma Holley hi-pressure e mantém o fluxo de óleo constante e sempre com uma boa pressão no sistema para evitar quebras. A alimentação é feita por um par de carburadores quadrijet da Edelbrock de 500cfm, servidos por uma bomba Holley sugando combustivel de um tanque em aço inox de 35 litros. O volante do motor é aliviado da B&M para favorecer a subida de giro e a melhor distribuição de torque e potência. Os cabeçotes são Edelbrock em alumínio e receberam comandos de válvulas 292°/312º. O coletor de admissão é um Edelbrock Performer RPM, enquanto o coletor de escape foi feito sob medida para o Red Hot. A ignição conta com bobina Holley, distribuidor MSD e cabos de velas Taylor. A transmissão fica por conta de um câmbio Ford C4 que mostra-se perfeitamente adaptado à nova configuração. A parede do motor recebeu revestimento em aço inox para reduzir o calor do cofre e destacar ainda mais o belo conjunto do motor.
Internamente o belo Red Hot Roadster é uma mistura de NewModernClassic pois conglomera em um único ambiente uma agressividade dos flames, a sofisticação do couro e a pureza/alma dos autênticos Hot Rods em um único local. Os forros de porta e os bancos personalizados, juntamente com o console que os separa, foram revestidos em couro bege. O painel pintado na cor da carroceria recebeu ao centro um conjunto com os manômetros da AutoMeter emoldurados por um molde em aço inox, este ladeado pelos belos flames de Guga. A alavanca de câmbio é da Lokar enquanto que o volante, forrado em couro na mesma tonalidade dos bancos e forros de porta, veio da Billet Specialties.
Considerado "Um dos dez carros mais bonitos do Salão de Carros e Acessorios de 2010", sagrou a Hot & Rusty como uma das empresas mais bem conceituadas no ramo Hot Rodder no Brasil pelos mais diversos apreciadores, admiradores, especialistas e críticos do setor. Um carro com corpo e alma transformados agressivamente, mas sem perder sua alma.
Aprendi com meu avô que trabalho tem que dar prazer e prazer (obrigatoriamente) tem que dar trabalho para poder ser aproveitado, valorizado e curtido ao máximo. Melhor do que eu, Sérgio Liebel conseguiu unir perfeitamente a síntese do trabalho e prazer não só em um exemplar, mas em todos aqueles que saem pela porta de sua oficina.
Conheça mais sobre a Hot & Rusty: http://www.hotandrusty.blogspot.com.
Grande abraço a todos!