::Mitsubishi Eclipse GT V6::

Eclipses são fenômenos celestes, que ao longo da história causaram temor e admiração. Uma relação difícil de entender, mas impressionante de se observar e se estudar. Povos mitológicos relataram estes fenômenos como se monstros mitológicos estivessem tentando devorar o sol e a lua. Besteira? Não se levarmos em consideração o que um casal carioca fez com seu 4G (a quarta geração do esportivo da Mitsubishi).

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A paixão por carros e velocidade veio por acaso na vida do casal. "Até 2006 andavamos de Ford Ka e nem pensava em ter um carro esportivo, muito menos importado. Achava um absurdo gastar dinheiro com carro. Mas comecei a pegar mais a estrada e passei a gostar mais de velocidade." - diz ele. Após alguns comparativos e diversos modelos de carros esportivos a dúvida maior caiu sobre o Eclipse 4G e um 350Z. Com duas filhas pequenas e malas aleatórias, a escolha ficou para o Mitsubishi por conta de seu espaço para as meninas, seu porte e seu charme. "O vendedor ainda disse que eu poderia levar no dia. E levamos mesmo! Um Eclipse preto, de cambio automático."

É, nem sempre as escolhas que fazemos são as melhores, mas tudo na vida tem conserto. "Como eu não planejava usar o carro em pista e era o único pra pronta entrega, fiquei com o automático. Hoje sinto as limitações dele na pista e planejo trocar por um de câmbio mecânico." Sim! O carro é usado muito mais em pista do que nas ruas e acabou ficando para a esposa, quando o marido, já fascinado, adquiriu outros dois Eclipses: Um GST com mais de 600cv e um GSX com cerca de 470cv, ambos do ano de 1995. "Minha esposa agora é a principal condutora do 4G e eu estou ficando mais no GST. Ela comecou meio que sem querer, para aproveitar uma inscrição que eu já havia pagado e não pude ir devido a uma cirurgia de coluna que havia sofrido. Agora ela é mais fominha que eu e só deixa eu andar no 4G quando já esta cansada ou quando a gasolina esta acabando (pra que eu tenha que abastecer)."

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Morando no Rio de Janeiro e com "a faca e o queijo" na mão, o casal começou a participar freneticamente de todos os Track-Days ocorridos no sudeste desde então e já foram mais de dez em menos de um ano. Logicamente, à medida em que iam participando, a quantidade upgrades para aprimorar o veículo e a condução seguiam. Na oficina RaceArt o casal encontrou o apoio necessário para a instalação dos upgrades, que não foram poucos. A suspensão conta agora com uma Progress anti-sway bar (24mm ao invés dos 21mm originais). "Melhorou substancialmente a tendência de sair de frente. Foi minha primeira modificação e praticamente obrigatória nesse carro se você quiser uma tocada mais forte." Os amortecedores agora são do tipo coilover da Megan Racing com ajuste de altura e 32 níveis de carga (dampening). As buchas da suspensão agora são da Energy e são confeccionadas em poliuretano, bem como os coxins do motor. O Ingall Stiffy é uma espécie de amortecedor instalado ligando o motor ao chassi e tem função de reduzir a perda de torque por vibração excessiva. Foram adicioandas ainda barras anti-torção superior e inferior dianteiras da Tanabe para reduzir e distribuir o esforço do chassi na dianteira do Eclipse.

As belas, leves e resistentes rodas são as Volk Racing modelo CE28N de diemnsões 8,5x18", que pesam míseros 7,5kg cada, calçam pneus Yokohama Advan A048 de medidas 225/40-18" e escondem o kit de freio Big Brake da StopTech modelo ST-60 de 355mm de diâmetro com pinça de seis pistões na dianteira. As pastilhas são da Halk modelo DTC 70 na dianteira e HPS para a traseira, que possuem maior poder de fricção. "Antes eu gastava um jogo por Track-Day. Agora jah estou no quarto evento com um jogo só e está meia-vida." - diz ele. As linhas de freio foram substituidas por outras da Tecna-Fit e o fluido, trocado a cada evento, é o Motul RBF 600.

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O motor recebeu um CAI da Injen para otimizar a admissão, enquanto o escape fora completamente substituido por outro da mesma marca com um coletor longo da RippMods. Na admissão foi adicionado ainda um Thermoblok kit da Outlaw Engineering que serve para separar o calor do cabeçote do ar que vem da admissão, tornado-o mais frio e consequentemente, mais denso. Com as atuais modificações e já pensando no que vem pela frente, foram adicionados dois sensores WideBand extras, um sensor EGT e outro MAP. Eles mandam as informações para o monitor do DashDaq DataLogger, que converte em dados e que em breve ganhará mais algumas funções: Monitorar o funcionamento de um compressor centrífugo e de um sistema gerenciador de ignição e combustível AEM que deverão ser instalados em breve. Para facilitar a tocada durante os Track-Days, foi instalado um módulo BrianJ Shift que permite efetuar a troca de marchas pelo volante para domar os 310cv atualmente gerados pelo motor V6.

Visualmente o carro é bem discreto. Foram adicionadas Fangs (garras) ao pára-choque dianteiro, EyeLids aos faróis e kits de lâmpadas de xenon aos faróis e milhas. Uma tampa de combustível metálica contrasta com a bela carroceria negra e faz deste 4G um dos Eclipses mais belos do país.

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"A coisa que eu mais gosto de fazer com o 4G é coletar dados para modelá-lo no simulador de corridas (GTR2). Tenho todas as configurações que já tive do carro modeladas para o jogo. Meu tempo na vida real é praticamente o mesmo que no simulador em Jacarepaguá." - diz ele, deixando transparecer um de seus hobbys.

Creio que os povos antigos estavam certos sobre os Eclipses. Definitivamente eles sabiam que são monstros devoradores, mas erraram em dizer que devoram o sol e a lua. Na verdade, este monstro tem fome de asfalto.

Grande abraço a todos.

::Renault Megane Dynamic::

Exclusividade é algo que muitos procuram, mas poucos tem. Um carro diferenciado hoje em dia é cada dia mais comum que um carro original, mas são os detalhes que fazem a diferença.

Um Renault Megane por sí só já possui diversos diferenciais que o destacam dos concorrentes. Chave tipo cartão, partida no botão e um desing arrebatador fazem parte do pacote de série deste veículo que, após cair nas mãos de um curitibano de bom gosto, ficou ainda melhor.

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A altura de rodagem foi reduzida com a adoção de molas Eibach, traduzindo em maior estabilidade sem abrir mão do conforto oferecido originalmente pelo Megane Dynamic. Com rodas American Racing modelo Casino Black de 20" calçadas com pneus Yokohama S.Drive de medidas 225/30-20", o desempenho do motor 1.6 16v ficou levemente comprometido, mas não chega a ao agouro. Não sendo um carro para qualquer tipo de competição, seu proprietário contenta-se em desfiles diários a bordo do confortável sedãn médio da marca francesa mesmo durante a noite curitibana quando as lâmpadas de xenon de 6.000k iluminam o caminho e abrem passagem.

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Se o exterior cativa, o interior arrebata. Com o som ligado, o que enaltece os olhos torna-se massagem até mesmo os ouvidos mais sensíveis. A unidade central é um DVD Player Double-DIN da JVC modelo AVX810 que ligado aos módulos Alpine instalados em cascata no porta-malas, distribui o som com perfeição no habitáculo. São dois PDX1.600, um para cada subwoofer JL Audio 12w6v2, e um PDX4.150 para os dois kits de duas vias, instalados em pezinhos na dianteira e nas portas traseiras. Nos pezinhos dianteiros foram montados os kits Diamond de 6" modelo HEX S600s com tweeter embutido nas colunas "A" enquanto que nas portas traseiras estão os kits de duas vias Diamond Motorsport de 5" confeccionados em kevlar com tweeter integrado. Um megacapacitor DB Link de 4Farad é quem suporta o som durante os picos de grave, sem pestanejar.

Vídeo demonstrando a potencia do sistema sonoro:


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Algumas fotos foram 'cliques' do amigo Bruno Patitucci e servem como fonte de inspiração para quem deseja realizar projeto semelhante.
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Um carro moderno, espaçoso, completo, com um belo conjunto externo e com um sistema sonoro capaz de emudecer qualquer conversa indesejável no interior. Uma viagem, um passeio ou mesmo uma ida ao supermercado se tornam muito mais agradáveis quando se está a bordo deste Megane.

Grande abraço!

::VW Golf Mk1 - Spirit of '76::

Nada como um coração novo para re-acender, ou mesmo presentear, um grande clássico. Contando com uma legião de fãs mesmo nos países onde não foi importado oficialmente e os exemplares são raríssimos, o VW Golf Mk1 faz sucesso. Se devidamente personalizado e apimentado, nada melhor.

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Com um exemplar ano '76 em mãos, Chad Erickson, proprietário da empresa SCI Performance resolveu seguir a cartilha "Old School" na personalização e acertou em cheio com um motor 1.8 20v Turbo. Não precisava mesmo ser completamente montado com base na velha escola de personalização.

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Mas a receita estava pronta e boa parte dos ingredientes estavam às mãos. Foi só acertar detalhes e montar um projeto equilibrado e com ótimo desempenho. O motor 1.8L de 20 válvulas Turbo recebeu diversas melhorias, entre elas o emprego do acelerador eletrônico (drive by wire). A turbina original deu espaço a uma alemã KKK modelo K03 com coletor e escape confeccionados em 2 1/2". Para resfriar o ar admitido por um CAI da SCI, um intercooler feito sob medida fez parte da jogada, juntamente com um coletor de admissão herdado de um Audi TT de 225cv. Com a ECU original do motor 1.8 20v Turbo gerenciando todo o sistema, Chad optou apenas por utilizar um REVO Immobilizer Defeat Chip, que escraviza a central, permitindo, entre várias outras configurações, que o imobilizador existente neste motor seja desativado, podendo assim alterar-se parâmetros de injeção, ignição, abertura, fechamento de corpo de borboleta... Old School mesmo só nos acessórios. No motor, uma verdadeira aula de swap e configuração. O câmbio agora é um 02J de cinco marchas com blocante Peliquin no diferencial de deslizamento limitado. Perfeito para se aproveitar o motor em médias e altas velocidades sem se perder nas saídas com falta de tração.

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As rodas são as belíssimas alemãs BBS modelo RM de 7,5x15" com bordas polidas e centro pintado na cor Bali Green, a mesma da carroceria. As rodas são calçadas com pneus Toyo T1R de medidas 195/45-15" e formam no conjunto o bom e conhecido strech. Escondidos pelas BBS's estão discos ventilados de 256mm e pastilhas Mintex com pinças de quatro pistões na dianteira, enquanto as rodas traseiras escondem um jogo completo de discos herdados de um Scirocco. A suspensão é composta por amortecedores do tipo coilovers da Bilstein com pratos para adaptação de barras anti-torção. Na dianteira Chad utilizou uma barra Eibach e na traseira uma Neuspeed. As barras de tração são modelos OEM utilizados no Scirocco 16v, mais rígidas e grossas para maior estabilidade. Com todas as modificações, o Mk1 anda cerca de 1,5" mais próximo do solo e apresenta uma estabilidade e dirigibilidade fora do comum. Ótimas para um carro de rua.

Externamente o carro foi completamente pintado na cor Bali Green, original da VW, com todos os emblemas e símbolos originais novos, extirpando-se apenas os repetidores laterais e a antena. Simples e sem adereços.

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Seguindo a ordem do exterior, o interior não recebeu muitas parafernalhas e ficou no essencial, com um leve toque de personalização. O painel fora substituido por um modelo mais novo e completo, com manômetros instalados no local destinado ao rádio, vindo de um GTi '78. O volante foi arrematado de um Porsche 911 enquanto os paineis de porta, carpetes e a sessão central dos bancos Recaro foram feitos pelo próprio Chad com um tecido quadriculado com tons em verde para combinar com a carroceria e as rodas BBS RM. O sistema sonoro segue o mesmo princípio da simplicidade. A unidade central é um Alpine (instalado no porta-luvas) que controla um subwofer JL Audio de 10" no porta-malas e um par de falantes de 5,25" nas portas.

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As fotos são de autoria do fotógrafo Kristopher Clewell, que nos brinda com duas fotos dignas de papeis de parede.
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Um dos grandes "culpados" desta matéria, é um amigo de Curitiba. Essa semana recebi via correio um envelope com um DVD. Eu já sabia o que era e o esperava desde a semana passada. Um amigo que adquirira uma coletânea de pequenos filmes sobre carros, gravou uma cópia e enviou-me. Os aficcionados reconhecerão o nome: WagenWerks. Ví o filme completo com minha filha ao colo e olhos atentos à tela. Fica a dica e o agradecimento.

Obrigado Harry!!!

Grande abraço a todos!

::Fiat Grande Punto Cleaned::

Dentre tantas formas de personalização, uma tendência segue forte e fazendo muitos adeptos: o Cleaned Style. Puro, limpo, sem sujeiras estéticas ou qualquer tipo de anomalia em sua concepção, esta escola vangloria-se por servir a qualquer carro com bom gosto e uma boa quantidade de sofisticação.

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Quando o projeto é bem pensado e definido, diversos ítens existentes de fábrica deixam de existir em função de um visual sem recortes, entradas e apêndices desnecessários. Neste Fiat Grande Punto de propriedade de Jamie, morador de Hertfordshire, um condado na Inglaterra, o projeto ainda não está concluso (será que um dia isso acaba?), mas já lhe rendeu bons frutos e elogios. Equipado originalmente com um motor de 1.242cc (um 1.3L), 8 válvulas (duas por cilindro), movido a gasolina, capaz de render 65cv @ 5.500Rpm, Jamie melhorou o rendimento de seu Grande Punto com a adoção de um kit de admissão (CAI) da GSR e um sistema de escape 4x1 em aço inoxidável em 2,5" da Powerflow. O acerto da injeção original ficou por conta da Red Dot Racing que re-definiu os parâmetros de injeção, ignição e demais curvas para um funcionamento linear do Grande Punto.

O conjunto ótico recebeu máscara-negra e a compania de um kit bi-xenon de 6.000k. O pára-choque dianteiro perdeu os vincos que definiam a posição dos faróis de neblina com enxertos de fibra de vidro e uma grade dianteira derivada do Fiat Linea Race, sem o símbolo da montadora italiana. Este ganhou ainda uma máscara em fibra pintada de creme que entra em cena ao gosto de Jamie, principalmente em eventos, podendo ser colocada ou retirada facilmente. Os repetidores laterais foram pintados de preto para ficarem mais discretos enquanto os símbolos e fechadura da tampa do porta-malas foram extirpados. O teto e os retrovisores receberam pintura creme e o capô foi revestido em couro creme para combinar com as partes pintadas e a tonalidade do interior. Cleaned é isso.

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A suspensão recebeu um jogo de amortecedores completamente regulaveis da Weitec e atualmente está ajustada a -90mm da altura original. As pastilhas de freio agora são da Red Dot e as pinças foram polidas para maior destaque entre as rodas Keskins modelo KT1's confeccionadas em três peças e de medidas diferenciadas. Na dianteira estão as 7,5x16", off set 20mm calçadas com pneus de medidas 195/40-16", enquanto na traseira estão as de medidas 9x16", off set 30mm com pneus 205/40-16" que formam um visual um tanto peculiar, mas comum ao cleaned: o efeito strech, com bordas largas e sobrando dos "magros" pneus adotados.

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O interior fora completamente depenado para a instalação dos equipamentos sonoros e de outros acessórios que visavam incrementar o conforto a bordo. Enquanto os bancos eram revestidos de couro creme com costuras pretas, o interior recebia a aplicação de manta termo-acústica Dynamat em toda sua extensão, inclusive nos forros das portas. Esta forração ajuda no isolamento do som e do calor, tornando o interior muito mais silencioso e agradável enquanto o painel recebeu aplicação de alcantara em sua extensão central, tornando-o mais requintado. A unidade central do sistema sonoro é um DVD JVC AVX1 que conta com o auxílio de um amplificador Vibe A7 Monoblock de 1300w para fazer tocar os dois subwoofers JL Audio modelo W3V2 e os falantes Vibe KE Series. Atrás dos encostos de cabeça dianteiros estão duas telas de 5,8" da Veba e outra destas encontra-se no porta-malas em compania de um Sony PS3 para as horas de diversão.

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Limpo e com um visual, particularmente, marcante.
Nada como a supremacia da simplicidade para tornar um carro bonito ainda melhor.

Abraços!