::Emis Art - Uma salada com gosto de quero mais::

Quando o senhor Eduardo Miranda dos Santos, proprietário da Emis resolveu juntar sua mão de obra à idéia de seu amigo Alfredo Soares Veiga na construção de um carro pequeno, utilizando boa parte dos equipamentos produzidos para outros carros, sobre um chassi único e uma carcaça de fibra de vidro a idéia pareceu ótima. Oras, era uma bela salada!


Na década de '80 o mercado era comandado pela Chevrolet, Fiat, Ford e Volkswagen. Com as importações proibidas, estas quatro marcas fizeram do cenário nacional um verdadeiro celeiro para seus projetos. Basicamente, tudo o que era feito para o Brasil, só existia no Brasil. Isso tornou muitos autônomos corajosos a produzirem seus próprios carros, tornando as ruas cheias de carros diferentes dos inúmeros Gols, Fuscas, Unos, Escorts, Chevettes e 147s que perambulavam por aí.

Umas das primeiras empresas a fabricarem carros pequenos para os grandes centros urbanos foi a Dacon e quando Nelson Piquet apareceu com seu Mini Dacon no autódromo de Jacarepaguá fez com que Alfredo ficasse maravilhado com a idéia. Um carro revolucinário, mas que tinha seus defeitos e fez com que o visionário entrasse em contato com o amigo Eduardo para a produção de um carro capaz de superar o Dacon em desempenho, apenas pelo simples motivo de fazer algo melhor.



Um novo chassi foi desenvolvido do zero. Seu comprimento de 3,10 metros abriga um chassi tubular próprio construído em forma de duplo Y com perfis de aço. A carroceria de fibra de vidro possui parabrisa, portas e vidros laterais de Chevrolet Chevette além do vidro traseiro de Chevrolet Marajó. Da Volkswagen vieram o painel de Gol BX, ventilador de Voyage, volante de Passat, freios do Fusca 1600 e faróis de Brasília. As lanternas são da perua Fiat Panorama.


O carrinho era ágil, desenvolto e cabia em quase qualquer espaço. O motor VW refrigerado a ar de 1.600cc com dupla carburação aliado à um diferencial 8x31 (o mesmo do SP2) e seu baixo peso contribuem para acelerações instigantes e um comportamento muito aclamado pelos especialistas à época.

Dentro do habitáculo o pequeno Art mostra-se aconchegante. O espaço é bom, mas apenas para duas pessoas. Não há muitos mimos, mas o pequeno lendário é um carro que trata bem seus ocupantes sem causar-lhes claustrofobia.



Apesar da ótima estrutura o preço era algo que afastou potenciais compradores do Emis Art, uma vez que com o mesmo capital era possível adquirir carros maiores e mais confortáveis como o Escort XR3, o Passat GTS Pointer e o Monza SL/E.

Nas fotos feitas pelo amigo Rodrigo Romão para o acervo da nossa oficina parceira MJV Garage, encontra-se um dos mais bem conservados sobreviventes da pequena safra de 153 veículos pela Emis, destes 130 foram pela empresa ainda com sede no Rio de Janeiro e outros 23 pela EmiSul, após a mudança da sede para o Rio Grande do Sul.

O modelo em questão está a venda e além de sua pouca quilometragem foi personalizado com acessórios de época que o tornaram ainda mais singular. Os 15.000 km rodados registrados em odômetro são reais. As raras rodas modelo Ferrari de 14" complementam o visual em conjunto com um par de faróis de neblina Cibié dos VWs Gols da família GT e um teto solar de lona permite aos ocupantes apreciarem melhor a vista à bordo deste pequeno clássico.



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Abraços e um ótimo 2013 a todos!!!

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