Eu não tenho nada contra carros franceses. Até gosto deles, mas não teria um. A razão é simples: A emoção é pouca.
Creio que sou uma dessas raras pessoas que não se vendem pelos olhos. Me impressiono com o design dos carrosfrescos franceses por seu arrojo e peculiaridade, mas até hoje nenhum deles despertou aquele tesão em mim. O DS5 até que chegou perto, mas a paixão escapou por uma lasca.
Um amigo me colocou em contato com estes lançamentos da Citroën e sempre que aparecem, ele me chama. Vou sempre disposto a ser surpreendido e essa tática nunca falhou. O problema é que sou pobre, ou então aprendi a dar valor ao dinheiro que ganho (e torro rios na porra de um Fusca que não anda nunca), pois sempre que alguém pergunta o preço de algum dos lançamentos meu queixo vai ao chão.
Pela tabela de venda da empresa, o Citroën DS5 deveria chegar ao mercado nacional por cerca de R$ 124.900,00. Ocorre que a falta de uma tabela faz com que este preço varie bastante. No dia do lançamento o carro estava sendo vendido na concessionária Saint Morritz, em Brasília/DF, por R$ 157.900,00 e era necessário fazer um depósito-caução e esperar por cerca de 90 dias a chegada do exemplar. Se quisesse um branco como o das fotos, o prazo era de 120 dias.
A diferença entre o preço sugerido e o praticado é praticamente um carro popular! Onde estão os escrúpulos???
Mas falemos do carro. O carro impressiona, isso é fato. Trata-se praticamente de um Citroën C4 Picasso com teto rebaixado, pois o mesmo é largo, comprido e... baixo. Porém, a plataforma utilizada é a mesma do Peugeot 3008. Entrar e sair dele não é difícil. As amplas portas são convidativas ao aconchegante habitáculo. O carro vem de série completíssimo. Opcionais são apenas as cores, as rodas e a forração dos bancos que podem ou não ter detalhes brancos conforme a cor da carroceria.
O visual geral é reforçado pelos recortes laterais do parachoque com setas e faróis de neblina integrados e a enorme abertura para o radiador. Os faróis de bi-xenônio direcionais são bonitos e ornados por uma barra cromada que se estende até as portas dianteiras. As linhas laterais são bem definidas e fluidas, tornando o conjunto bastante harmoniosos quando consideradas as rodas modelo Canaveral de 18" (que são o único opcional do carro) calçadas com pneus 235/45-18" (as Houston de 17" ficaram pequenas demais para o modelo).
Na traseira as lanternas iluminadas por faixas de luz são sedutoras. O duplo escape fica à mostra e torna a traseira mais agressiva, evocando e levando a crer que sob o capô há um grande motor escondendo um haras. Doce ilusão.
O carro é praticamente uma versão de rua do conceito Citroën C-SportLounge e sua cabine parece a de um avião. São três tetos solares não basculantes, mas com cortinas de abertura e fechamento elétrico, que tornam o interior muito mais claro e aprazível. Para acioná-los, levante o braço direito e acione os botões instalados no teto. Ao acomodar-se o habitáculo praticamente o abraça. Os bancos possuem boa ergonomia e os comandos do painel são todos voltados para o motorista. Passageiro aqui é um mero espectador.
Volante de base achatada, mostradores digitais e um charmoso relógio analógico fazem do painel um deleite aos olhos e uma confusão para as mãos. No centro, uma unidade multimídia com GPS integrado comando todo o sistema de som, navegação com toques na tela e também é um monitor para a câmera de ré integrada no suporte traseiro da placa.
Um head-up display surge sobre o painel de instrumentos assim que o carro é ligado. Desta maneira você não precisa desviar os olhos da pista para mudar uma estação de rádio ou regular alguma das infinitas funções do carro, até por quê, os comandos de rádio no console central são pequenos e seria fácil fazer confusão entre eles.
Os comandos do ar condicionado digital estão à mão e as informações estão disponíveis nos próprios botões. Para o banco traseiro os comandos são individuais por meio do console. Infelizmente a posição de acionamento dos vidros é abaixo das saídas de ar, num local bastante incômodo.
Toda a iluminação interior é feita por LEDs de alta intensidade, o que deixa o visual bastante interessante durante a noite. Pedaleiras de alumínio combinam com os demais acabamentos esmerados espalhados pelo interior. Bem bacana mesmo!
O porta-malas é grande. São 468 litros de carga que praticamente triplicam se os bancos forem rebatidos. Quatro pessoas cabem confortavelmente no interior, uma quinta esguia consegue se virar bem com o ressalto no banco traseiro sem sentir-se desconfortável.
Em resumo (até aqui), um carro gostoso de andar e bonito de ver.
Os olhos e o tato ficam impressionados com a qualidade do acabamento e a suntuosidade das linhas. O carro realmente chama atenção. Em minhas férias ví um deles rodando em João Pessoa/PB e a quantidade de olhares despejados ao vê-lo passar era condizente com a beleza de suas linhas.
A lasca que faltou na sedução total veio ao saber de sua motorização/câmbio. Não que o atual conjunto seja ruim, mas não condiz com o porte do carro e isso ficou em uma breve volta pelo setor onde estava sendo promovido o lançamento.
O carro é grande, opulento, tem pequena área lateral envidraçada (o que reforça o aspécto de carro sisudo) e um visual bastante provocativo. Se eu tivesse meus 12 anos de idade certamente pensaria: Esse carro deve ter um motor legal e correr pra caramba!
O problema é que os olhos vêem o que o pé não sentiu. O peso de 1580 kg se mostra excessivo para os 165cv gerados pelo pequeno motor 1.6 16v Turbo (o mesmo utilizado no DS3, Mini Cooper, Peugeot RCZ... mas estes com alguns bons quilos a menos). O torque é bom e aparece cedo, mas demora a embalar a carroceria. No DS3 ele faz seu papel, mas no DS5 fez pensar: Se fosse pelo menos um 2.0 16v Turbo a história seria diferente (e meu devaneio infantil seria realizado). O câmbio automático de seis marchas quando acionado seu modo Sport deixa as coisas melhores, mas não sana o desejo de mais torque e potência em um carro deste tamanho.
Segundo a fábrica, o carro acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e chega aos 211 km/h, mas infelizmente os números retratados não apresentam a mesma performance quando o pé direito é acionado. As trocas de marchas são lentas e fazem o rendimento cair um pouco, deixando eminente a saudade dos câmbios de dupla embreagem com trocas praticamente instantâneas.
Questionei se seria possível um test-drive posterior para compreender melhor o funcionamento de todo o carro e ver como se comportava em trânsito, analisar reações... e o atendente foi direto: O DS5 não está disponível para test-drives.
Dentre o pouco que consegui "sentir" do carro, por pouco não me apaixonei. Pena não me vender pelos olhos e conhecer opções mais prazerosas dentro da mesma faixa de preço e acabamento.
Confira aqui a ficha técnica do modelo.
Abraços!
Creio que sou uma dessas raras pessoas que não se vendem pelos olhos. Me impressiono com o design dos carros
Um amigo me colocou em contato com estes lançamentos da Citroën e sempre que aparecem, ele me chama. Vou sempre disposto a ser surpreendido e essa tática nunca falhou. O problema é que sou pobre, ou então aprendi a dar valor ao dinheiro que ganho (e torro rios na porra de um Fusca que não anda nunca), pois sempre que alguém pergunta o preço de algum dos lançamentos meu queixo vai ao chão.
Pela tabela de venda da empresa, o Citroën DS5 deveria chegar ao mercado nacional por cerca de R$ 124.900,00. Ocorre que a falta de uma tabela faz com que este preço varie bastante. No dia do lançamento o carro estava sendo vendido na concessionária Saint Morritz, em Brasília/DF, por R$ 157.900,00 e era necessário fazer um depósito-caução e esperar por cerca de 90 dias a chegada do exemplar. Se quisesse um branco como o das fotos, o prazo era de 120 dias.
A diferença entre o preço sugerido e o praticado é praticamente um carro popular! Onde estão os escrúpulos???
Mas falemos do carro. O carro impressiona, isso é fato. Trata-se praticamente de um Citroën C4 Picasso com teto rebaixado, pois o mesmo é largo, comprido e... baixo. Porém, a plataforma utilizada é a mesma do Peugeot 3008. Entrar e sair dele não é difícil. As amplas portas são convidativas ao aconchegante habitáculo. O carro vem de série completíssimo. Opcionais são apenas as cores, as rodas e a forração dos bancos que podem ou não ter detalhes brancos conforme a cor da carroceria.
O visual geral é reforçado pelos recortes laterais do parachoque com setas e faróis de neblina integrados e a enorme abertura para o radiador. Os faróis de bi-xenônio direcionais são bonitos e ornados por uma barra cromada que se estende até as portas dianteiras. As linhas laterais são bem definidas e fluidas, tornando o conjunto bastante harmoniosos quando consideradas as rodas modelo Canaveral de 18" (que são o único opcional do carro) calçadas com pneus 235/45-18" (as Houston de 17" ficaram pequenas demais para o modelo).
Na traseira as lanternas iluminadas por faixas de luz são sedutoras. O duplo escape fica à mostra e torna a traseira mais agressiva, evocando e levando a crer que sob o capô há um grande motor escondendo um haras. Doce ilusão.
O carro é praticamente uma versão de rua do conceito Citroën C-SportLounge e sua cabine parece a de um avião. São três tetos solares não basculantes, mas com cortinas de abertura e fechamento elétrico, que tornam o interior muito mais claro e aprazível. Para acioná-los, levante o braço direito e acione os botões instalados no teto. Ao acomodar-se o habitáculo praticamente o abraça. Os bancos possuem boa ergonomia e os comandos do painel são todos voltados para o motorista. Passageiro aqui é um mero espectador.
Volante de base achatada, mostradores digitais e um charmoso relógio analógico fazem do painel um deleite aos olhos e uma confusão para as mãos. No centro, uma unidade multimídia com GPS integrado comando todo o sistema de som, navegação com toques na tela e também é um monitor para a câmera de ré integrada no suporte traseiro da placa.
Um head-up display surge sobre o painel de instrumentos assim que o carro é ligado. Desta maneira você não precisa desviar os olhos da pista para mudar uma estação de rádio ou regular alguma das infinitas funções do carro, até por quê, os comandos de rádio no console central são pequenos e seria fácil fazer confusão entre eles.
Os comandos do ar condicionado digital estão à mão e as informações estão disponíveis nos próprios botões. Para o banco traseiro os comandos são individuais por meio do console. Infelizmente a posição de acionamento dos vidros é abaixo das saídas de ar, num local bastante incômodo.
Toda a iluminação interior é feita por LEDs de alta intensidade, o que deixa o visual bastante interessante durante a noite. Pedaleiras de alumínio combinam com os demais acabamentos esmerados espalhados pelo interior. Bem bacana mesmo!
O porta-malas é grande. São 468 litros de carga que praticamente triplicam se os bancos forem rebatidos. Quatro pessoas cabem confortavelmente no interior, uma quinta esguia consegue se virar bem com o ressalto no banco traseiro sem sentir-se desconfortável.
Em resumo (até aqui), um carro gostoso de andar e bonito de ver.
Os olhos e o tato ficam impressionados com a qualidade do acabamento e a suntuosidade das linhas. O carro realmente chama atenção. Em minhas férias ví um deles rodando em João Pessoa/PB e a quantidade de olhares despejados ao vê-lo passar era condizente com a beleza de suas linhas.
A lasca que faltou na sedução total veio ao saber de sua motorização/câmbio. Não que o atual conjunto seja ruim, mas não condiz com o porte do carro e isso ficou em uma breve volta pelo setor onde estava sendo promovido o lançamento.
O carro é grande, opulento, tem pequena área lateral envidraçada (o que reforça o aspécto de carro sisudo) e um visual bastante provocativo. Se eu tivesse meus 12 anos de idade certamente pensaria: Esse carro deve ter um motor legal e correr pra caramba!
O problema é que os olhos vêem o que o pé não sentiu. O peso de 1580 kg se mostra excessivo para os 165cv gerados pelo pequeno motor 1.6 16v Turbo (o mesmo utilizado no DS3, Mini Cooper, Peugeot RCZ... mas estes com alguns bons quilos a menos). O torque é bom e aparece cedo, mas demora a embalar a carroceria. No DS3 ele faz seu papel, mas no DS5 fez pensar: Se fosse pelo menos um 2.0 16v Turbo a história seria diferente (e meu devaneio infantil seria realizado). O câmbio automático de seis marchas quando acionado seu modo Sport deixa as coisas melhores, mas não sana o desejo de mais torque e potência em um carro deste tamanho.
Segundo a fábrica, o carro acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e chega aos 211 km/h, mas infelizmente os números retratados não apresentam a mesma performance quando o pé direito é acionado. As trocas de marchas são lentas e fazem o rendimento cair um pouco, deixando eminente a saudade dos câmbios de dupla embreagem com trocas praticamente instantâneas.
Questionei se seria possível um test-drive posterior para compreender melhor o funcionamento de todo o carro e ver como se comportava em trânsito, analisar reações... e o atendente foi direto: O DS5 não está disponível para test-drives.
Dentre o pouco que consegui "sentir" do carro, por pouco não me apaixonei. Pena não me vender pelos olhos e conhecer opções mais prazerosas dentro da mesma faixa de preço e acabamento.
Confira aqui a ficha técnica do modelo.
Abraços!
Gostaria de saber sobre o conforto oferecido para passageiros no banco traseiro do carro, dá para fazer uma viagem confortável?
ResponderExcluirSinceramente? Não. Sómente, se forem crianças . . .
ExcluirMuito estranho...a matéria(eu não compro carro frances) foi só qualidade para o Citroen ds5, de ponto negativo foi o motor e o espaço no banco traseiro. O motivo de não comprar é esse!?
ExcluirFiz um teste no DS5 aqui na ccs da Citroen em niteroi/RJ e os defeitos anunciados não estão de acordo com minha avaliação. O espaço interno é um dos maiores da categoria, e o motor e o premiado do ano!!
Concordo que um 2.0 turbo seria melhor, ou até um 3.0 turbo!, ouseja, quanto mais melhor!! Mas este motor é suficiente sim, para você sentir a emoção de um carro esportivo desta categoria. Desculpe, cada profissional, cada pessoa possui uma opinião, mas não podemos negar a realidade, principalmente quando trata-se de um site que influencia decisões.
DS5 - Prêmio de carro do ano! Esqueceu de mencionar isto! abs!
Pára... vc é consumidor de Gol 1.0!
ResponderExcluirCara temho C5 2012 e so trocaria por um DS5. E carro e tanto, se compararmos com as opções dos fabricantes nacionais ai entao é que não da pra comparar.
ResponderExcluirOlá, Eu Vivo na Madeira Portugal, e tenho um Ds5 Híbrido4 4x4 200cv, tenho esta nave a mais de 28 meses, acreditem, Eu ando nele todos os dias, potência, satisfação de condução é um conforto único, não troco por nenhum outro. Completamente satisfeito, este sim é o carro, ups uma nave perfeita nas nossas mãos. A bateria do motor eléctrico dá para andar sem ouvir nenhum barulho dentro da cidade e sem emitir gases de nenhum tipo. Eu não preciso dele para fazer raly (corridas) mas anda muito bem. É uma satisfação total...
ResponderExcluirEu neste momento estou a pensar comprar 1, em segunda mão com 98000 de 2013. Mas so estou com medo porque não conheço o carro em si, mas um elogio de quem tem um é sempre positivo :)
ExcluirEu neste momento estou a pensar comprar 1, em segunda mão com 98000 de 2013. Mas so estou com medo porque não conheço o carro em si, mas um elogio de quem tem um é sempre positivo :)
ExcluirDS5 é Show. Já estou no 2o carro e não me arrependo. Já tive C4 Hatch, 2 C5, 1 Lounge e agora 2 DS 5. Só fala mal quem não tem! O motor e câmbio, com este mapeamento da injeção não deixa nada a desejar pra nenhum motor maior.
ResponderExcluirCara...comprei um DS5 com esse medo...de o carro acabar deixando a desejar na estrada...GRAÇAS A DEUS QUE COMPREI...CARRO COM ÓTIMA AUTONOMIA e não consegui até o momento ver alguém me podar ... estou aguardando...ótimo motor... se vc andou apenas em circuito fechado pode ter a impressão de motor fraco porque ele não tem boa arrancada...mas depois flutua tranquilo a 170km/h sem qualquer ruído...Pode comprar que vc não irá se arrepender...Abraços
ResponderExcluirproblemas com as batarias do carro já teve ?
ResponderExcluirBoa tarde tenho o DS 5 e o meu é o sport chic de 2000 de celindrada e com 200 cavalos e estou muito contente, além disso é a gasóleo e sei que não existe cá em Portugal esta versão... O único senão é a utilizar o híbrido que dá para poucos quilómetros...
ResponderExcluirBom dia, Sou propriatario de um ds5 200cv híbrido
ResponderExcluirEu gosto do carro, mas sei reconhecer que perde para a comcorrencia. O motor acaba por ser dos mais fracos 2.0L no mercado (audi,BMW, mercedes,) porque estou a falar de um carro de 50 mil euros. O motor eléctrico desliga aos 120km eu fico só com a potencia do diesel 163cv e tenho 4 rodas de tracção e quase 2t de peso.o híbrido é praticamente a fingir,se estiver calor e o acesso no máximo não funciona, depois o carro tem o tecto todo em vidro, aquece o interior bastante o que faz com que a bateria esteja sempre quente e perca capacidade. As chapeleira que tapam o interior do teto ao fim de alguns anos começam a fazer barunhos parasitas como o carro tem jante 18/19 e pneu de baixo perfil agrava os barulhos e o desconforto não lembrando os antigos ds ou mesmo citroen que tinham uma suspensão formidável. A caixa automática é péssima as vezes se formos em baixo regime e o motor eléctrico vai activado a engrenagem no motor diesel até assusta. Depois um carro que deve ser eco tem um motor diesel com FAP, está sempre a pedir regeneração lá tenho que ir a AE acelerar. Atenção eu gosto co carro, tem uma linha muito gira, um design interior apelativo bancos confortáveis. Mas também muitos equívocos. Devido a isso e que a fábrica também deixou de o fabricar e passou para os Suv. Para terminar quem quiser comprar tenha atenção a manutenção, não do motor PSA a disel mas de tudo o que está ligado ao híbrido (é muito caro)