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::Gorete - minha amante gastadeira::

Tenho atualizado muito pouco o blog por conta da demanda de trabalho. Graças a Deus tenho tido MUITO trabalho e pouco tempo. Isso não quer dizer que o projeto da Gorete tenha ficado parado, pelo contrário.



Desde a ultima postagem sobre ela aqui, muita coisa aconteceu, mudanças de trajeto, foco no trabalho, matérias e matérias para o Jalop, família (SEMPRE!!!) e diversas outras prioridades sempre me tomavam a atenção e talvez pelo cansaço ou mesmo preguiça, o blog foi ficando. Mas não morreu. Passei a mandar algumas matérias para a galera do Dirty Kids Crew, com os quais me identifico bastante. Apesar da distância e resolvi dar mais atenção aos amigos reais do que aos virtuais. Muito tempo na frente de um PC nos tira isso, FATO!

Enfim, chega de blá, blá blá que (graças a Deus), temos muito para conversar, afinal, agora o carro é meu!

:: O INTERIOR ::
Após ganhar o carro do meu pai, junto dele veio uma verba extra para o interior. Ainda ficaria faltando a suspensão, mas nessa meu disse que eu teria que me virar, afinal, ele não concordava com nenhuma idéia minha acerca deste ponto e ele tinha outras prioridades.

Chegou a hora de definir EXATAMENTE como seria o interior (depois de um belo jogo de rodas, essa é a parte que mais me importo num carro). Já tinha os bancos de Civic e os bancos traseiros de Fusca, então precisava definir qual o material utilizar e sua cor. Para os bancos, escolhi o courvin Vermelho Turin com costura simples, enquanto para o assoalho a escolha recaiu para o Carpete Boucler Vermelho Turin. A mesma cor (em courvin) cobriu todos os forros, enquanto o teto recebeu tecido do tipo pintadinho e o mesmo se estendeu pelas laterais traseiras. Tudo vermelho, igual penteadeira de puta.

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O interior foi montado, mas não gostei do acabamento dado ao carpete. O burro aqui não sabia que o fusca não tem carpete por debaixo do assoalho, então ficou cheio de recortes. Assim que ela estiver andando, eu mesmo vou recortar, levar para o tapeceiro costurar e colar o novo carpete, além de acertar alguns detalhes do interior que não ficaram ao meu gosto, pois como ele fez à domicilio, nem todas as ferramentas que ele precisava eu tinha ou ele trouxera.

O volante que está nela é horrendo! Dá nojo de pegar nele. É velho, sujo e exala um cheiro de graxa/gasolina toda vez que toco nele. Pro final de semana, quando se está sujo e coberto de graxa, sem problemas! Mas e quando precisar sair com ela para um local mais "arrumado"? Complicado... O volante Shutt (por sorte) não serviu, então eu o vendi. Era muito moderno e não combinaria com o projeto. Tive dó de vendê-lo pois foi o primeiro presente automotivo que ganhei do meu pai. "Vão-se os anéis, ficam os dedos!"




Até meu pai que era contra o interior vermelho, curtiu. Minhas filhas acharam lindo e a patroa também. É bom quando agrada.

Como resolvi fazer boa parte das coisas por minha conta e risco, lá fui eu nos finais de semana acertar alguns detalhes. Pintar retrovisor interno, apertar e desapertar parafusos, pintar peças... devagarinho foi tomando forma.

Pintei o retrovisor interno que estava zuado pracaralho e o mesmo voltou a ficar pretinho. Coisa linda de papai! Lavei os pára-sol e depois mandei uma pasta limpa-tudo que deixou-os zerados.

Desmontei a alavanca de câmbio pra pintar tb e passar a chapinha pra cima do carpete (ví esse detalhe no tópico dos GFKs no The Samba). Desmontar foi moleza. Foda foi tirar toda a craca que estava encrustada na alavanca e chapinhas. A borracha foi moleza. Limpador multi-uso e uma bucha deixaram com cara de novo. Pintei a carcaça, a chapinha e os parafusos... ficou tudo uma merda! Escorreu, esbranquiçou e http://www.blogger.com/img/blank.gifcagou a porra toda. Lixei tuuuuuudo de novo e dei uma "sujada" de tinta, secou e depois apliquei uma camada, outra, outra e outra... foram umas 5 demãos no total. Ficou zero.

Na hora de montar, inverti a chapinha e apertei demais os parafusos e o câmbio travou. Falei da merda que fiz no Facebook e o Rodrigo (do GermanLookos) me deu a luz. Afrouxei e fui apertando na medida que a alavanca mexia.

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Comprei maçanetas e puxadores novos, mas a máquina do vidro o do lado do motorista ficou torta. Fui inventar de mexer e quebrei uma chave alen lá dentro. Vou ter que trocar a máquina de vidro.



Substitui o conduíte do cabo de abertura do capô que, finalmente, pode ser aberto para vermos se estava tudo bem. Abasteci, e troquei até o cabo de aço. Agora tá uma maravilha, mas vou precisar de um talento do funileiro para deixar tudo no lugar novamente, pois precisa soldar.


Conduite novo

Resumo:
*Alavanca de câmbio zeradinha só precisando de regulagem
*Retrovisor interno pintado e pára-sóis (é assim msm? o.O) limpos e re-instalados
*Conduíte do cabo de abertura do capô substituido e cabo novo instalado
*Capô desalinhado e travado novamente (mas agora eu sei abrir)
*Dois parafusos quebrados e pára-choque torto

E assim ela ficou após 10 meses parada, sem uma gota d´água para banhá-la:




Caráter, confiança e honra são coisas que dinheiro nenhum compra. Vou repetir aqui uma frase que coloquei no Facebook:
"Obrigado Deus por ainda me permitir confiar nas pessoas e ser tido como alguém confiável. Que minhas filhas herdem o dom de cativar as pessoas e não cultivem inimizades."


Após a montagem do interior, o próximo passo era a suspensão, mas ainda haviam alguns detalhes que precisariam ser sanados e com o tempo passando, algumas coisas foram aparecendo e as oportunidade pareciam voltadas para mim. Verdadeiros presentes de Deus.


:: OS PRESENTES ::
Para quem não conhece o clima de Brasília, eu explico: Aqui não existem estações do ano. Existe a "Chuva pracaralho" e o "Calor páporra". A época do calor acabou e começam as chuvas. Mas é MUITA chuva!

Numa dessas, estragaram algumas telhas aqui em casa e eu tive que subir no telhado para resolver. Eis que no sótão... o que eu encontro???




A mala está em muito bom estado. Precisa de alguns pequenos reparos, mas nada demais. Vai ficar no porta-malas do Fusca com algumas ferramentas e peças sobressalentes que todo fusqueiro deve ter (correias, lanterna, chaves, alicates...)

# Volante
Estava sem um tostão na conta e com muita vontade de comprar um volante de madeira para o Fusca. Desde o início foi meu sonho. Como o Shutt não serviu, vendí-o para poder me capitalizar. Encontrei no Mercado Livre um volante bom, bonito e barato, mas meu bolso estava raso. Foi então que conversando com alguns amigos no Facebook conversei com o Robson Scheiwe (Rob666 do RatVolks) e pedi para que ele comprasse pra mim, no cartão, que eu o pagaria. Era um volante bem bacana, na medida exata para o projeto. Ele falou que compraria, mas não no cartão. Pagaria via depósito e que depois eu o pagasse. Fiquei atônito! O cara nunca havia me visto, só trocavamos idéias sobre carros via internet... ele não precisava me ajudar ou confiar em mim, mas ainda assim o fez. Naquela semana eu vendi o Shutt e transferi a $$$ pra ele. A frase citada alí acima fez sentido agora, né?!

Ao Robson: Meus mais sinceros agradecimentos por esta enorme ajuda na realização de um sonho. Tua confiança, amizade, presteza e bondade foram de grande valia para mim. É ótimo saber que sou tido desta maneira e que a representação de meus atos inspiram confiança. Muitíssimo obrigado, cara!

Então o volante chegou:




Eu não sei o modelo ou qualquer outra informação além daquelas que vejo. Já busquei no google e o máximo que encontrei foi um anúncio de época no Clube do Puma. É um volante confeccionado em duralumínio com aro de madeira e tem um frisinho preto em volta, na parte da frente do aro. O miolo do acionamento da buzina é plástico e está completinho. Veio com um cubo de alumínio também. A madeira está em muito bom estado, firme, sem folgas, ligeiros desgastes, marcas que o tempo não consegue apagar. O miolo devia estar zuado e o vendedor jogou uma (porca) demão de spray prata pra ficar bonito na foto, mas estou polindo-o para ficar como novo.

# Banho
Depois de mais de 10 meses sem um banho, a pintura da Gorete passou de Branco Cristal para Poeira&Pó.






Alguns detalhes apareceram, mas serão sanados quando ela estiver andando. Assim facilita minha vida e a dela. Onde moro é roça, então ficar buscando peças sempre que aparece uma coisinha ou outra me quebra as pernas. Vai ficando tudo anotado. Compro durante a semana e no final de semana dou um jeito de arrumar.

# Escapamento em inox, freios traseiros a disco e quadro da suspensão dianteira encurtado
Foi assim: Depois de muito conversar com o Robson sobre muitas coisas, apareceu um anúncio onde o irmão dele e um amigo estavam com uma empresa especializada em produzir peças de suspensão dos Fuscas, Brasilias, Variant... A empresa fica em Pomerode/SC. Situaram-se geograficamente??? Eu moro em Brasília!!!

Ocorre que no dia 04 de Dezembro de 2011 rolou o 4° PomerVolks, um encontro de VWs a ar na cidade de Pomerode e o amigo Rodrigo Berghetto, do grupo RustedLive, de Curitiba iria para lá. No dia 10 de Dezembro de 2011 iria rolar um Track Day em Brasília e uma galera de Curitiba viria correr e traria seus carros, dentre eles a Kombi do Plautos.

Combinei com o Robson os detalhes da suspensão para ele gerenciar por lá a confeccão da mesma. Suspensão de pivô, catracada, encurtada em 3cm, já com as molas prontas e bracinho de direção curto. O quadro ficou pronto e durante o evento foi entregue para o Rodrigo Berghetto que o levaria para Curitiba, aos cuidados do Plautos.

Logistica acertada, conversa vai, conversa vem, ele perguntou como andava meu projeto de Fusca e DO NADA ele vira e manda:
- Cara, tenho aqui o antigo escape do Fusca. Tive que fazer outro pois não tava dando vazão o suficiente para o motor, daí mandei fazer outro completo de 2,5". Vou levar pra você.
- Quanto?
- Quanto nada! Presente!
- ...


Fiquei sem palavras. Um escape completo de 2" em aço inox, usado por uns 2.000 km, sem abafador, sem nada. NOVO, LISO!!! Caralho...

Daí agradeci imensamente e aceitei o presente. Conversa vai, detalhes de projetos são discutidos, dicas são passadas, pitacos são dados e ele manda outra:
- E freios? Vai fazer o quê?
- Nada ainda. O motor é original e vai ficar assim até eu zerar ela pra depois fazer um bom motor aspro/nitro ou turbo. Ainda não sei.
- Vou te levar também um jogo de disco pra traseira.
- Orra! Blz! Quanto?
- Presente!

CARAAAAAAAAAAAAAAALHO!!! Eu mal poderia esperar pelo desembarque daquela Kombi aqui no quadradinho goiano! Meu quadro, discos de freios e escape?!?!?! PQP!!!
No sábado rolou o Track Day e estava tudo lá!

.:run4fun:.
Este é o escape que ganhei do Plautos. Tá completinho e só preciso confeccionar uma ponteira e um abafador (ou cano direto). Assim que ela estiver andando, vai ser a primeira coisa que vou providenciar, pois o meu é o original e não vai durar muito.

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Esse é o jogo de freios a disco para a traseira. Discos, pinças, pastilhas, suportes e flexíveis. Os discos mal foram utilizados e ele trocou os dele para disco ventilados na traseira com pinças Willwood. Esses meus são com pinças de Golf e discos sólidos da Fremax Tuning de 280mm.

.:run4fun:.
Esse é quadro de suspensão dianteira confeccionado pelo pessoal da Gamby Suspensões, de Pomerode/SC (acertei agora, putos! hauhauahuahuahua) que me deram um grande apoio!



Neste interim, comprei um jogo de pastilhas Bosh com o Diego (Pomarola) que está no escritório da sogra dele até hoje (faz mais de um mês), mas já passei para o motoboy daqui da empresa pegar lá. Não vou agradecer ele demais pois isso é uma bicha escrota que fica com o cú piscando sempre que conversamos.

# O quadro completinho, com soldas bem feitas, encurtadinho, catracado, pintado... ZERADO!
# Pedaços do escape com junções e soldas perfeitas! Sem estrangulamento e com um brilho sinistro!
# Discos de freios, que para minha surpresa vieram ainda com pinças originais VW/Audi, com as pastilhas e suportes. COMPLETO!

Quando comecei o primeiro texto sobre esse carro o tema eram "duas carteiras, quatro mãos e duas esposas nervosas". Agora são várias mãos, vários corações, uma carteira, duas crianças felizes, várias dívidas e uma esposa possessa!!!

# ODG RaceTach 5" GenII
Falei que não iria mais gastar nada, mas aí me aparece isso. Entro no HotCampinas e lá está o Bruno Zanca vendendo o conta-giros. Penso com meus botões: "Esse conta-giros personalizado, com uma pintura branca e um grafismo old style vai ficar TOP! Bati o martelo!



Tem mais coisa vindo, mas vou esperar chegar pra poder contar.
Por hoje já deu. São 05:15AM e eu tô acordado há mais de 26H seguidas.
Só não queria deixar esse 2011 encerrar sem qualquer registro de atualização.

2012 é um outro ano e vai ser ótimo! Trabalho, trabalho, trabalho...
Vou fazer a Gorete andar e fazer muitas coisas boas para minha família!

De resto? Um ótimo ano para todos os que ainda acompanham o blog e colocam fé nos projetos!

Que o ano de 2012 seja ÓTIMO PARA TODOS!

Grande abraço!

::Yamaha SR500 Cafe Racer::



Se você vive toda sua infância em meio a hot rods e custom bikes, dificilmente conseguirá se desvencilhar de um futuro repleto de peças, lixadeiras, máquinas de soldas e soluções inusitadas (alma de um build car/bike). Assim aconteceu com Jay Larrossa Lossa, que hoje nos brinda com um belo exemplo de Cafe Racer baseado em uma Yamaha SR500 1978.



A forma de construção empregada por Jay Lossa é extremamente simples e segue friamente os preceitos de uma Cafe Racer: Nada de adjetivos, apenas velocidade. Com a mentalidade de que menos é mais, esta SR 500 foi tomando forma de uma maneira bastante simples, eficiente e funcional. "É de longe a melhor motocicleta já fiz." - declara Jay.




A moto ficou completamente lisa e limpa. Nada está ali ao acaso ou sem necessidade. A única concessão estética foi deixada ao pára-lama dianteiro (cortado e preso ao garfo por um suporte artesanal) e listras sobre o tanque e rabeta pintados em vermelho para destoar da pintura branca.



As rodas vindas de uma RD400 receberam a inserção de discos Brembo na dianteira e traseira. O garfo de suspensão dianteira e pedaleiras vieram de uma Suzuki GSX-R, enquanto a balança traseira foi feita na Lossa, em alumínio.




O farol agora é preso às bengalas por suportes da Tommaselli e teve sua carcaça recortada para receber o suporte do contagiros, agora sobreposto e bem à vista do piloto. O tanque de combustível veio de uma rara motocicleta Benelli, mas o bocal de abastecimento foi substituido por um modelo feito pela Lossa. A rabeta foi confeccionada na empresa de Jay, em aço e recebeu uma lanterna com LEDs embutida. O nível dos detalhes espanta!




O motor foi completamente revisado e recebeu um novo carburador Mikuni Flatslide de 36mm. As molas de válvulas foram substituidas por outras de maior carga para evitar a flutuação em altos giros, enquanto bielas e pistões novos da White Brothers foram instalados para deixar o motor completamente novo denovo.

Um filtro de ar cônico da K&N instalado logo abaixo do banco, moderniza o conjunto e admite ar limpo para o motor. O escape foi completamente confeccionado pela Lossa e possui ponteira em cone de alumínio, enquanto uma fita térmica protege as pernas e o motor do calor excessivo.



Então chega de blá, blá, blá, pois Cafe Racers dispensam apresentações e criam vontades irrecusáveis. Assista quantas vezes puder o vídeo de Rick Bedenbaugh, intitulado "Solus", e desfrute um pouco da sensação de uma pequena volta sobre uma das obras primas da Lossa.




Matéria originalmente postada no Jalopnik

::VW Kombi 1.6 TotalFlex::



Empresários, gerentes e funcionários de RH sabem: nenhuma empresa gosta de entregador preguiçoso. Enrolação, corpo mole ou mesmo incapacidade para cuidar das encomendas faz com que o molenga não seja visto com bons olhos, tornando sua demissão eminente. Solução? Dê uma rocket Kombi para ele.



Quando Plautos adquiriu sua Volkswagen Kombi 1.4 Totalflex 2010/2011, ele já sabia que o modelo viria rechado de espaço e nenhum acessório. O carro serviria (e serviu) para o transporte de algumas tralhas, equipamentos e peças que deveriam ser manuseadas com mais cuidado do que ele conseguiria fazer com sua Chevrolet Montana turbinada, seu VW Polo GTi de pista ou com seu pequeno Fusca'61 2.3L (caaaaaaaalma! todos terão uma pontinha aqui no Jalop).

Na primeira volta, a decepção: o que deveria ser um carro 2011/2012 veio como 1960/2012. Folga no volante, câmbio medíocre, uma instabilidade característica e um motor raquítico que logo fez Plautos perder a paciência e apelar para soluções como o aumento de cilindrada e retrabalho no cabeçote com comando mais bravo. Chega de lenga-lenga e vamos aos fatos.



A troca de marchas ficou mais fácil com a utilização de uma alavanca Empi com short-shifter, enquanto a relação foi alongada com o uso de engrenagens novas do SP2 de relação 8x31 com blocante Kaiser. O quadro de suspensão recebeu catracas para regular a altura da dianteira, barras estabilizadoras de maior espessura da Empi entraram em cena e a suspensão ganhou cambagem para maior estabilidade nas curvas. Os amortecedores agora são Koni com regulagem de pressão, e deixaram a condução mais justa, sem aquela moleza característica.



Como as rodas originais não serviriam mais por conta dos freios monstruosos que Plautos adotou, estas foram substituídas pelas do Polo GTi de medidas 6,5x16", encapadas com pneus Dunlop Direzza 205/45-16" e instaladas na Kombi com alguma inventividade, torno e fresa. Tudo sob medida para não pegar nos discos e pinças originais do Polo GTi que também foram transplantados para a Kombi.



O raquítico motor EA111 de 1,4L aos poucos foi recebendo ajustes e acertos até chegar aos 1.600cm³ com a troca do virabrequim e bielas. O volante do motor foi aliviado para favorecer a subida de giros e os componentes móveis foram balanceados. O corpo de admissão veio de um VW Bora 2.0 para admitir melhor o ar, com cabeçote trabalhado para melhor fluxo. As válvulas e o comando cresceram, mas o proprietário não consegue se lembrar do tamanho e nem da graduação.



O escape foi completamente confeccionado em aço inox, com canos de 2 1/4", apenas com um abafador e catalizador, ficando 1/3 mais curto e tendo o coletor recoberto com manta térmica. Para a alimentação, chegou um dosador SPA de esferas e uma nova linha de combustível criada para evitar falhas ou buracos na alimentação.

A ignição ganhou novas velas de grau térmico 9 da NGK. Com essa configuração, Plautos estima que a Kombi esteja com uns 110cv e atingindo mais facilmente os 160km/h almejados.



Internamente outra transfusão do Polo GTi é o banco dianteiro, adaptado no habitáculo da Kombi e encapado com o mesmo raro tecido Laguna vermelho que equipava os VWs Gol GTi da década de 90. MP3 player com bluetooth e vidros elétricos foram mimos instalados logo que saiu da concessionária.



O painel (sem qualquer informação, exceto velocidade) da Kombi foi substituido por um do Gol geração IV e conta com temperatura da água, contagiros, marcador de combustível e luzes espia. Um novo pedal de acelerador foi confeccionado para facilitar o punta-taco nas saídas de curva. Os passageiros que se segurem no PQP!



Não era para ser um projeto, apenas um utilitário, mas é difícil se conter com tantas peças plug&play sobrando na garagem. Agora, o funcionário preguiçoso do início do contrato de experiência passou pelos testes mais significativos e ganhou a foto estampada na parede da sala da empresa com a inscrição "Capacete de Ouro".


Aqui, em sua volta mais rápida no AIC durante o último RacingDay: 2:07.885 minutos


Resta esperar a confecção da admissão para a adaptação do compressor mecânico e beliscar os 200km/h a bordo de um "pão de forma" que não tem medo de encarar os pseudo-esportivos. Ops... escapou o segredinho...

[Fotos: Felipe Novelli e arquivo pessoal]


Matéria postada originalmente no Jalopnik

::Honda CL 360 - Willow::



Pra ser sincero, não sou muito bom com motocicletas. Confesso que gosto mais de admirá-las do que de pilotá-las. Talvez ainda me faltem culhões (entenda-se: a patroa não deixa) para adquirir uma e rodar nos finais de semana ensolarados, com um capacete coco, lenço tapando o nariz e a boca, jeans rasgado... Não meus caros, não sou fã das superesportivas. Projetos personalizados à lá Café Racers, Bobbers ou Choppers é que endemoniam minha mente - e graças aos deuses, a de outros também.



Quando Troy Helmick começou a re-reforma (não houve erro, a motocicleta já era personalizada) de sua Honda CL 360 detentora de diversos troféus, pensava em montar algo diferente, que fugisse da mesmisse das choppers comumente vistas pelas estradas norte-americanas. Troy já tinha alguma experiência com dobras de aço e um grande amigo seu era soldador profissional. Junte tudo isso a muita inventividade, inspiração e um pouco de dinheiro e o início da bela Willow começa a tomar forma.

A motocicleta foi basicamente construida num galpão da fazenda de Troy que, cercado de salgueiros (willow, em inglês), inspiravam o proprietário a cada pôr-do-sol.



Do que a motocicleta era anteriormente, pouca coisa foi aproveitada. As novas formas e desenho do quadro permitiram o uso apenas das rodas, pneus, motor e garfo dianteiro. Pára-lamas, assentos, porta-placa e outros detalhes foram confeccionados, nada foi comprado pronto. O tanque de combustível foi feito e re-feito algumas vezes, mas não ficou a contento. Um outro amigo de Troy que trabalha com fibra de vidro para aviões resolveu ajudá-lo e propôs-se a fazer o tanque desde que ele passasse o molde. Um bloco de espuma resolveu o problema.



As linhas de fluidos de freio foram moldadas com linhas de canos de cobre para seguirem as linhas da Willow, coisa que não seria possível com o uso das mangueiras convencionais. A cor do material começou a agradar Troy, que encomendou com um amigo o corte de duas cornetas para carburador Keihin cor de cobre. A suspensão foi completamente revisada antes de ser remontada no quadro, o motor recebeu nova pintura em preto fosco com algumas partes polidas e enfim a cor do quadro foi definida: verde oliva.



As manetes de acionamento da embreagem e freio dianteiro sofrem alguns recortes para que o desenho se assemelhasse ao do quadro. As pontas do guidão foram revestidas com tiras de couro para raquetes de tênis e as bobinas duplas da ignição receberam cabos de velas revestidos com borracha tecido, como nos automóveis mais antigos.



O tanque e o corpo do faról foram pintados de marrom fosco, enquanto o aro do faról recebeu tinta creme. Em um dos eventos onde Troy esteve com a motocicleta, seu amigo Tyler o presenteou com alguns pinstripes, o que conferiu ao projeto a pitada de personalidade que faltava.



O motor Honda permanece basicamente original. Apenas componentes que sofrem desgaste natural foram substituidos, fazendo com que os 34 cv @ 9000 rpm continuassem saudáveis. Os sustos nas acelerações diminuiram, afinal, com o entre-eixos mais longo e a posição de pilotagem mais baixa, o centro de gravidade foi deslocado, como se pode atestar abaixo.



A atenção aos detalhes renderam à Troy e sua Willow o título de "The Best of Show" e "The Best Bobber" em um evento em Pittsburgh. Nada mal para um trabalho desenvolvido na garagem de casa, com a ajuda de parentes e amigos, sem muita grana mas com bastante paixão.

Matéria originalmente publicada no Jalopnik