Faço fotografias que não gosto de publicar
Talvez sejam particulares demais
Talvez reveladoras demais
E eu não gosto de aparecer.
Escrevo textos que não gosto de expor
Talvez sejam fúteis demais
Talvez modestos demais
E eu não gosto de escrever
Hoje vou pegar a máquina de escrever que meu pai tanto tem cuidados. Fora presente da minha avó, que vendia salgados na porta das escolas para juntar algum dinheiro para comprar comida pra dentro de casa. Talvez aquela velha tenha juntado seus trocados por fora da renda mensal da família para poder fazer seu filho feliz.
Um cara pobre, que trabalhou de engraxate para poder comprar seus pequenos luxos (um tênis Conga, uma camisa que não fosse doação, uma cueca samba-canção...), que não tinha onde cair morto, que bebia com os amigos, mas que nunca precisou pisar na cabeça de filho da puta nenhum para chegar onde chegou e dar à família o tudo de um pouco que ele tinha.
Os versos que alí escreverei não serão visíveis aos teus olhos. Não publicarei em lugar algum, o que meu pai alí teclou. Garanto-lhes que se gostam das imundices que teimo em redigir, apaixonar-se-iam pelo que o velho espancava naquelas teclas de plástico. Não falarei que o fiz e talvez jamais saberão o que redigi. Faço longas cartas pra ninguém, pois alguém espera textos românticos que nunca foram o forte deste traste bêbado e fétido.
Hoje eu só quero ir para casa e pedir a Deus que me dê paciência e força para brincar com minhas pequenas.
Recentemente descobri que gosto de quadrinhos. Quadrinhos e tirinhas inteligentes. Tirinhas inteligentes e bem humoradas. Talvez isso torne a vida menos enfadonha. No fim, eu só consigo gostar de Calvin e Haroldo e toda a sua capacidade de compreender o universo de uma forma inteligentemente simples que nós adultos teimamos em complicar.
Em contrapartida, comecei a ler Charles Bukowski, o que novamente me transporta à parte dos quadrinhos (apesar de Charles não desenhar e tampouco ser considerado bem humorado). Temo que minha capacidade de relacionamento esteja intimamente ligada ao meu gosto peculiar por coisas sem sentido, simples ao extremo, que o mundo teima em deturpar e complicar. Eu só queria estar em casa lendo um livro interessante sem preocupações obvias e degenerativas.
Tem horas que pensar cansa, mas a vadiagem mental também me é estressante e depressiva. Tomo outro gole a seco para trazer mais um pouco de doce à vida. O cansaço que há tempos eu não pregava, ora ou outra se abate sobre esta carcaça. Eu preciso recarregar as pilhas.
Uma volta em um carro antigo recentemente me fez muito bem, mas gozar com o pau dos outros tem um "quê" de desespero. É como se fosse a última ereção: Você sabe que uma hora vai acabar e assim, tenta aproveitar ao máximo aquele orgasmo. E tudo não passa de uma mentira, doce, mas mentira.
2013 me espera, assim como 2012 esperou. Ele passou e a dose de prazer veio à conta-gotas. Felizmente muitas conquistas para ela, mas até agora a piranha só me fez ficar de pau duro, sem nunca me deixar gozar.
A porra toda é como um sexo tântrico, daqueles mais prolongados: Caricias, um leve afago, agrados, presentes, carência e toda uma exacerbada concentração para que o incontrolável não fuja do controle.
De tudo, a única coisa que tenho certa em minha mente é a ida à Basílica de Aparecida com ela. Talvez na volta do BubbleGum Treffen 5 em 2013.
Abraços!
Talvez sejam particulares demais
Talvez reveladoras demais
E eu não gosto de aparecer.
Escrevo textos que não gosto de expor
Talvez sejam fúteis demais
Talvez modestos demais
E eu não gosto de escrever
Hoje vou pegar a máquina de escrever que meu pai tanto tem cuidados. Fora presente da minha avó, que vendia salgados na porta das escolas para juntar algum dinheiro para comprar comida pra dentro de casa. Talvez aquela velha tenha juntado seus trocados por fora da renda mensal da família para poder fazer seu filho feliz.
Um cara pobre, que trabalhou de engraxate para poder comprar seus pequenos luxos (um tênis Conga, uma camisa que não fosse doação, uma cueca samba-canção...), que não tinha onde cair morto, que bebia com os amigos, mas que nunca precisou pisar na cabeça de filho da puta nenhum para chegar onde chegou e dar à família o tudo de um pouco que ele tinha.
Os versos que alí escreverei não serão visíveis aos teus olhos. Não publicarei em lugar algum, o que meu pai alí teclou. Garanto-lhes que se gostam das imundices que teimo em redigir, apaixonar-se-iam pelo que o velho espancava naquelas teclas de plástico. Não falarei que o fiz e talvez jamais saberão o que redigi. Faço longas cartas pra ninguém, pois alguém espera textos românticos que nunca foram o forte deste traste bêbado e fétido.
Hoje eu só quero ir para casa e pedir a Deus que me dê paciência e força para brincar com minhas pequenas.
Recentemente descobri que gosto de quadrinhos. Quadrinhos e tirinhas inteligentes. Tirinhas inteligentes e bem humoradas. Talvez isso torne a vida menos enfadonha. No fim, eu só consigo gostar de Calvin e Haroldo e toda a sua capacidade de compreender o universo de uma forma inteligentemente simples que nós adultos teimamos em complicar.
Em contrapartida, comecei a ler Charles Bukowski, o que novamente me transporta à parte dos quadrinhos (apesar de Charles não desenhar e tampouco ser considerado bem humorado). Temo que minha capacidade de relacionamento esteja intimamente ligada ao meu gosto peculiar por coisas sem sentido, simples ao extremo, que o mundo teima em deturpar e complicar. Eu só queria estar em casa lendo um livro interessante sem preocupações obvias e degenerativas.
Tem horas que pensar cansa, mas a vadiagem mental também me é estressante e depressiva. Tomo outro gole a seco para trazer mais um pouco de doce à vida. O cansaço que há tempos eu não pregava, ora ou outra se abate sobre esta carcaça. Eu preciso recarregar as pilhas.
Uma volta em um carro antigo recentemente me fez muito bem, mas gozar com o pau dos outros tem um "quê" de desespero. É como se fosse a última ereção: Você sabe que uma hora vai acabar e assim, tenta aproveitar ao máximo aquele orgasmo. E tudo não passa de uma mentira, doce, mas mentira.
2013 me espera, assim como 2012 esperou. Ele passou e a dose de prazer veio à conta-gotas. Felizmente muitas conquistas para ela, mas até agora a piranha só me fez ficar de pau duro, sem nunca me deixar gozar.
A porra toda é como um sexo tântrico, daqueles mais prolongados: Caricias, um leve afago, agrados, presentes, carência e toda uma exacerbada concentração para que o incontrolável não fuja do controle.
De tudo, a única coisa que tenho certa em minha mente é a ida à Basílica de Aparecida com ela. Talvez na volta do BubbleGum Treffen 5 em 2013.
Abraços!