::Fiat Tipo Sedicivalvole 2.0 16v::

Se as coisas boas da vida passam rápido, é melhor todos comprarmos um Fiat Tipo Sedicivalvole. Calma, não estou desmerecendo nenhum outro esportivo da década de '90, mas dentre os concorrentes (Ford Escort, Chevrolet Kadett e VW Gol/Golf GTI, nenhum deles teve sua fama tão bem ostentada como o Fiat Tipo. Já explico...



Em dezembro de 1994 a Fiat resolveu trazer para o Brasil a versão esportiva de seu hatch médio, até então disponível apenas na versão 1.6 e 2.0 de oito válvulas. Equipado com um motor 2.0L de 16 válvulas capaz de gerar 137cv (amansados devido à legislação brasileira, pois a versão italiana gerava 148cv), o Tipo Sedicivalvole (dezesseis válvulas em italiano) acelerava de 0 a 100km/h em meros 9,8 segundos e atingia a velocidade final de 207,6km/h, o que o tornava "o carro a ser batido".




Oferecido nas versões de duas e a raríssima quatro portas, o Tipo "Sedici" oferecia outros adereços estéticos que salientavam seus dotes esportivos. Com saias laterais exclusivas, o hatch recebeu um jogo de frisos vermelhos que percorrem toda a extensão dos spoilers laterais e pára-choques dianteiro e traseiro. As lanternas traseiras eram completamente vermelhas para harmonizar o visual e o suporte de placa na tampa recebera a mítica inscrição que denominara a versão: SEDICIVALVOLE. Internamente, bancos reclináveis Recaro com ajuste milimétrico na regulagem do encosto, volante em couro, painel com manômetro de pressão e temperatura do óleo, velocímetro marcando até 260km/h e diversos outros mimos necessários para uma condução verdadeiramente esportiva.

Mas sempre irão existir aqueles que não se satisfazem com "mais do mesmo", então Marcelo Jardim resolveu que seu exemplar teria algo a mais. Marcelo instalou em seu Tipo as molas da versão 1.6L que foram trabalhadas, substituiu as rodas originais por modelos Abarth Speedline originárias do Fiat Stilo Abarth de medidas 7,0x17" calçadas com pneus Toyo Proxes1 na medida 205/40-17", retirou o símbolo da montadora da grade dianteira que conferiram ao veículo um ar ainda mais esportivo e os faróis receberam lâmpadas de xenônio de 6.000k. O motor não recebeu modificações, apenas um filtro de ar esportivo e um abafador em aço inox da R-Tech.






Internamente os bancos Recaro ganharam a companhia do volante Momo de origem dos Sienas/Palio Week Sport. Da mesma marca vieram ainda as manoplas de câmbio, freio de mão e pedaleiras. Ao lado do painel de instrumentos, Marcelo instalou um hallmeter e shift-ligth da ODG, juntamente com manômetros de pressão do combustível e manovacuômetro da Cronomac. Para os momentos de relaxamento, Marcelo providenciou uma unidade central Pioneer DEH-P 8880BT ligada a dois amplificadores: um Rockford Fosgate 4.6X para tocar os dois aut-falantes de 4x6" no painel instalados nos locais originais e quatro triaxiais Pioneer modelo TS2150 ("capacete") no tampão traseiro, e um Audio Art 100HC par os dois subwoofers Bravox Premium de 12" e bobina dupla instalados um em cada lateral do porta-malas.





Apesar de tantos atributos e potencial para upgrades, a versão Sedicivalvole foi sumariamente recharçada por pura falta de informação e ignorância dos consumidores, pois apenas a versão 1.6L sofreu recall para previnir o super-aquecimento do óleo da direção hidráulica, que em alguns casos causaram incêndios e deturparam a imagem deste belo esportivo.

Abraços!