Com a grande propagação dos eventos de track-days pelo mundo afora, diversos projetos interessantes e divertidos estão borbulhando pelo mundo afora. Alguns deles com pequenas modificações e outros dedicados exclusivamente à modalidade. Inclua ainda a paixão dos proprietários a certas marcas e modelos para poder vislumbrar o quão belo e funcional pode se tornar um carro.
O escocês Johnny, de Hamilton, encontrou uma raridade para poder desenvolver um de seus projetos monstros para eventos de pista. Um bem conservado Mitsubishi Lancer EvoV RS com apenas 7.900 milhas completamente original, mas que não permaneceu assim por muito tempo. Logo que Johnny colocou as mãos sobre sua nova aquisição tratou de escolher o melhor em peças para poder equipar seu novo "brinquedo" de final de semana. O motor foi herdado de sua antiga paixão, um Evo IX MR RS que havia sido preparado apenas a 2.000 milhas com bielas, camisas e pistões forjados (estes de 85mm da Wiseco). Como o antigo Evo seria vendido, foi adquirido um motor novo, colocado no IX e o preparado ficaria aguardando a transfusão. Da renomada empresa AMS vieram o kit turbo com turbina GT3076R, radiador de alumínio, bateria específica para carros de corrida (baixo peso e tamanho reduzido) e capa de cabos de velas em alumínio polido. As velas são as Denso IKH27. A wastegate é uma Tial BOV de 50mm regulada para liberar 2,0Bar de pressão gerados pela turbina e controlada por um boost controller da HKS modelo EVC6. O coletor de admissão foi confeccionado para este exemplar e possui diâmetro de 4" interligado ao filtro de ar K&N, passando pelo intercooler HKS Type S e chegando até a turbina. Os gases são expelidos por um escape Mongoose de 3" confeccionado em aço inox com um catalizador Magnex. O comando de válvulas é um GReddy 268º com polias reguláveis da HKS. Os responsáveis por alimentar o Evo são uma bomba de combustível Walbro e os injetores RC de 750cc, instalados em flauta de alumínio da AMS Performance e dosados por um regulador de pressão Sard modelo FPR para jorrar gasolina de alta octanagem. O cabeçote foi preparado pela Cosworth e utiliza prisioneiros ARP. A capa de válvulas foi pintada em preto brilhante e a ECU recebeu um adaptador Hydra no motor Mivec para liberar os parâmetros de configuração para regulagem. Os óleos utilizados são trocados a cada track-day e são sempre substituidos pelos Silkolene Pro-S de especificações 10w50 oo 5w50. A peça responsável por transferir toda a cavalaria gerada pelo motor é uma Exedy Race de platô duplo em cerâmica.
A suspensão HKS em conjunto com as buchas em PU de toda a suspensão seguram o carro nas curvas mais fechadas e deixaram o Evo bem firme. As rodas são as belas Ultralite G-grid de medidas 8x18" pintadas em gunmetal. Os pneus variam a cada evento e Johnny possui uma bela "borracharia" em casa. São três jogos de pneus slick Kuhmo, dois jogos de pneus slick duros da Pirelli, um jogo de Pirellis para pista molhada e para o raro uso nas ruas é utilizado um jogo de Pirelli PZero Corsa semi-slick. Os freios são compostos por um kit de discos de 330mm na dianteira com pinças de seis pistões da AP Racing com pastilhas da Carbontech modelo XP10. A linha de freio é da Goodridge e o fluido utilizado é de especificação DOT5.1 para não ferver durante as provas e comprometer a frenagem.
Internamente o Evo recebeu bancos fixos Recaro modelo SP-G com cintos Cobra de cinco pontos e gaiola. Um console em fibra de carbono abriga os manômetros SPA Desing de pressão do turbo, temperatura do óleo, pressão do óleo e pirômetro. Os retrovisores em fibra de carbono são da Rallytech e defletores de janela traseira em carbono são da mesma marca.
No dinamômetro da empresa VP Import, este Evo rendeu 459cv @ 6.925Rpm de potência com 427Lbft @ 5.220Rpm de torque nas rodas, o que corresponde a cerca de 540cv no volante do motor om uma linha de torque bastante plana e progressiva. Algo essencial em um carro para uso em track-day.
Uma ótima marca em um veículo AWD que serve apenas para bricadeiras de finais de semana que, originalmente rendia "apenas" 280cv em seu motor 2.0 16v, mas que fora o suficiente para garantir à Mitsubishi o seu segundo Campeonato Mundial de Rali (WRC) em 1998.
Abraços!
Aew teu blog tá fera! cara eu tenho um desses mas GLX 1.6 16v já anda bem, esse sem chance, parabéns pela materia carro em total harmonia.
ResponderExcluirMarcos.
Muito lindo! Adoro os Lancers mais antigos. E é bom que o visual ficou praticamente intacto, mostrando o quão belo essa máquina é sem precisar mexer em nada.
ResponderExcluirMuito boa materia, sem divida esse carro ficou maravilhoso....tenho um lancer 1.6 16v 97, to muito afim de mexer nele, alguem me da alguma dica?Abraço a todos
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