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::Classic Hot Rod::
Repare bem. Não é um black friday, mas sim um profundo azul.
Um azul tão profundo, capaz de arrancar suspiros.
Um azul tão profundo, capaz de arrancar suspiros.
::Fórmula Truck @ Brasília 2012::
"De Land Rover é fácil, é mole, é lindo..." quero ver é segurar um caminhão de mais de 3.000 kg, com cerca de 1.300 cv debaixo do capô, sob uma chuva torrencial e num asfalto-quiabo. Definitivamente os pilotos da Fórmula Truck que disputaram a 10ª Etapa do Campeonato 2012 - GP Aurélio Batista Félix, em Brasília/DF, no dia 09 de Dezembro, estavam com os parafusos ligeiramente frouxos.
Os amigos da JON Racing Enterprises e Ale Roaz Backstage me descolaram duas credenciais para visitas e eu não poderia perder a oportunidade de acompanhar este evento mais de perto. Avisei ao meu pai para não marcar nada naquele domingo, pois teria uma surpresa. Praticamente todos os anos vamos à F. Truck aqui em Brasília/DF, nunca chegamos tão perto dos caminhões e pudemos interagir com os pilotos, mecânicos, auxiliares... Foi uma verdadeira realização e prazer indescritível poder proporcionar este momento para o meu velho. Obrigado amigos!
Meu pai em meio ao fervor dos caminhões da F. Truck
Logo no início da manhã, São Pedro já dava dicas de que não seguraria a chuva por muito tempo. Os mais prevenidos já sairam de casa com guarda-chuva e capas de proteção. Uma das vantagens do planalto central é a ampla visibilidade quando se está em um espaço aberto e isso ajudou a prevenir surpresas e correrias de última hora.
Ainda durante a festa que antecedeu a prova (shows de pilotagem com motos, caminhões e carros) já era possível ver ao longe o temporal que se dirigia ao Autódromo Internacional Nelson Piquet e logo as primeiras gotas apareceram. A direção de prova anunciou que a escolha de pneus era das equipes, mas nenhuma delas quis arriscar. Mesmo que largassem com pneus de chuva sob o asfalto seco, inevitavelmente o céu desabaria. Logo a chuva engrossou e a direção de prova tornou obrigatório o uso de pneus de chuva.
A largada deu-se debaixo do temporal previsto e nem mesmo o bom escoamento da pista foi suficiente para evitar a formação de poças d´água, o que acarretou em escorregadas, rodadas e alguns toques durante quase toda a prova. definitivamente a chuva não acalmou os ânimos e a vontade de acelerar forte dos pilotos.
Roberval Andrade largou na Pole-Position, mas a chuva forte logo fez com que Leandro Totti assumisse a ponta e levasse seu Mercedes Benz ao pódium numa das mais emocionantes corridas da temporada.
Confesso que "em todos esses anos nessa industria vital é a primeira vez que isso me acontece" - diria Pica-Pau e não deixa de ser verdade. Por mais que em Brasília/DF esta época seja repleta de intempéries, nunca presenciei chuva em nenhuma das etapas anteriores nesta terra. A corrida foi emocionante para o grande público, que não se intimidou com a água que caia e ficou até o último instante para a consagração de Leandro como campeão do GP Aurélio Batista Félix.
O piloto já havia levado o título de campeão antecipado da categoria por pontos devido às suas seis vitórias em todo o campeonato e selou com chave de ouro o ano de 2012.
Pontuação Pilotos
#1 - Leandro Totti - 216 Pontos#2 - Felipe Giaffone - 154 Pontos
#3 - Beto Monteiro - 128 Pontos
#4 - Roberval Andrade 102 Pontos
#5 - André Marques - 102 Pontos
Pontuação Equipes
#1 - Mercedes - 371 Pontos#2 - MAN - 353 Pontos
#3 - Iveco 213 Pontos
#4 - Volvo - 170 Pontos
#5 - Scania - 153 Pontos
#6 - Ford - 23 Pontos
Todas as fotos do evento podem ser conferidas no álbum da fan-page do blog no Facebook.
Novamente obrigado aos amigos da JON Racing Enterprises e Ale Roaz Backstage pela grande oportunidade!
Abraços!
::Track Day do fim do mundo @ Ctba/PR::
A galera do Track Day In organizou nesta sexta-feira o que seria o último track day do mundo, caso os Maias estivessem certos.
Se fosse para o mundo acabar, o pessoal de Curtiba/PR se acabaria na pista esperando as chuvas de meteoros, tsunamis ou bolas de fogo.
O mundo não acabou, a galera se divertiu e os cliques FODAS feitos pelo amigo Felipe Noveli mostram bem como foi o evento.
Abraços!
::Bubble Gum Treffen 4 - DGWorks::
Senhores, este vídeo possui uma obrigação moral intrínseca! Uma das melhores compilações dos momentos áureos do que foi o Bubble Gun Treffen 4, organizado e realizado pela Volkspage em Águas de Lindóia.
Um trabalho meticuloso e com muita dedicação do amigo Diogo Glovatski da DG Works.
Vale a pena cada segundo do vídeo!
Um trabalho meticuloso e com muita dedicação do amigo Diogo Glovatski da DG Works.
Vale a pena cada segundo do vídeo!
::Agradecimentos, adesivos e palavrões::
Deus nos deu dois ouvidos, uma boca e um coração. Tudo isso tem um motivo: para que escutemos mais, falemos menos e consigamos reconhecer em poucas pessoas a verdadeira amizade.
Não se preocupem, pimpolhos! A segunda rodada de adesivos já está em minhas mãos graças ao apoio da Mais | Arte e Impressão, que resolveu colaborar com este blog e confeccionou os adesivos!
Mais | Arte e Impressão
Curtam a Mais|Arte no Facebook!!!
(61) 3443-6600
Poucos receberam os adesivos do blog nesta primeira leva, mas são boa parte dos que eu precisava entregar. Ainda existem tantos outros que sempre me ajudaram e eu, por pura falta de tempo e organização, deixei de enviar.
A galera que recebeu e mandou as fotos estarão nesta postagem e outros serão adicionados posteriormente a partir do momento em que criarem vergonha na cara e encaminharem as fotos!
Obrigado imensamente a cada um daqueles que se dispora a ajudar o blog desde o início. Quem correu atrás pra tirar foto do carro, quem deu força nos textos, quem ajudou na divulgação, quem curtiu, quem criticou, quem indicou, quem ofereceu ajuda, quem se esquivou na hora "H", quem agilizou um contato, quem clicou... TODOS aqueles que estiveram ao meu lado! Estamos caminhando juntos!!!
Obrigado por tudo, bitches!
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:: Obrigado por suportar-me para conseguires me amar::
Despertas em mim o que há de bom e o ruim, mesmo sendo eu um péssimo representante da espécie. Palavras que já não cabem mais na boca, vomito-as pela sua morosidade e empurro-as para debaixo do tapete.
Ninguém quer ler lixos e todos preocupam-se demais com seus próprios imundos umbigos antes de desejar o bem à alguém. Debaixo do tapete ninguém olha, ninguém vê. Só nós dois sabemos o que está lá, pois fomos nós que colocamos durante todos os anos que estamos juntos.
Sou em tí, és em mim e ninguém é por nós. Destroça-me com uma lágrima, junta-me com teus abraços. Apesar de nunca mais voltar ao que era, aprendi com meus cacos e tornei-me forte. Não melhor, mas forte.
Na próxima gota dos teus olhos não me despedaçarei tão facilmente, mas a cada vez que conseguires me destruir, juntar os farelos de uma vida torna-se mais difícil do que colar os cacos de um reles coração partido. Mas você tem este incrível dom de me re-juntar.
Lhe comprei presentes novos, mas estes estão guardados. Serão teus assim que você chegar. Gastei tudo em fantasia, em versos, prosas e bebidas destiladas para ajudar a suportar a falta que você me faz quando não estamos perto.
E você não vem. Demora e nunca vem. Faz firula e nunca chega. Meus soluços ecoam na avenida e você não me escuta (ou finge não escutar). Desistir dos teus encantos não é algo que cogito e por mais que me canse, desistir de tudo o que já vivemos, construimos, sonhamos, enlouquecemos e planejamos não é uma opção. Nunca foi!
Sofro de verborragia. O ato de vomitar coisas sem sentidos, mas com alguma destreza em amarrá-las a algo pseudo-concreto no final. É como aquela âncora que você amarra no pescoço com uma liga elástica e lança ao mar. Definitivamente não é suicídio e não passa de uma imbecil depressão juvenil. E você nunca caiu na minha. Não é como estes tolos que me acompanham e acreditam que a minha ou a nossa fantasia é bela e doce como o fel que nunca pretendemos beber. Entre quatro paredes somos só você, eu e ninguém mais! É lá que você me entende, me completa, me acalenta, me sorri e faz delirar.
Encontrei em amigos a essência perdida dentre meus vinte e poucos anos de vida e a moralidade que os trinta me aguardam. Foi assim que ví a vida de uma maneira ligeiramente mais agradável, mas a verdadeira felicidade somente encontrei em teus lábios, abraços e sorrisos. Você foi capaz de produzir dois pequenos anjos que todas as noites, em seus berros, escândalos e brincadeiras me lembram de que a minha vida só se fez completa e tomou definitivo sentido por tua causa. Agradeço-lhe por isso.
Agradeço ainda a Deus por tua vida e paciência em me suportar por todos estes poucos anos de convivência matrimonial. Só nós sabemos a barra que vivemos. O importante é que estes cinco anos que se passaram não são nada perto das dores de cabeça, provovações, tormentas, atormentações, desejos, discussões, sexos, amores e paixões que viveremos em nosso mundinho particular. E eu sempre quero estar lá.
Derreto-me em palavras, mas só em tí me transformo em poesia.
Obrigado Carol, por me suportar nestas nossas bodas de madeira.
Te amo!
::Injustiça e impunidade::
Recentemente um amigo sofreu um acidente de moto. Como eu não estava lá, relato aqui com suas palavras sobre o ocorrido:
Tá me faltando palavra pra expressar a revolta que eu tenho com o nível de mediocridade que o ser humano pode atingir. Como alguns sabem, sofri um acidente de moto há pouco mais de 1 mês: um cara fez uma conversão sem olhar, atravessando uma rua preferencial, e acertou a minha moto. Não foi nada muito sério, mas o suficiente pra me deixar de cama sem conseguir andar por 3 dias por uma dor insuport
ável nas costas e me deixar com uma pequena lesão no nervo ciático que tem tido um custo considerável com medicamentos e um prejuízo de mais de 30 mil reais pra arrumar a minha moto. Até aí tudo bem, acidentes acontecem... e eu não me importei na hora com o culpado pelo acidente ter vindo ao meu lado, enquanto eu tava caído no chão logo depois do acidente, bradar e gritar que eu estava errado... não me importei por ele ter tentado dar dinheiro pra minha mãe, que estava desesperada, dizendo pra não chamar a polícia pois seu carro estava com os documentos atrasados... não me importei também com o fato de ele não ter seguro pro carro dele... Fui conversar com esse cidadão na data de hoje (12/12/12) para negociar o pagamento da minha moto. Não quero todo o dinheiro a vista, estava disposto a negociar, afinal de contas agora tenho uma 'dívida' que foi contraída por culpa dele, e tenho testemunhas da auto-escola em frente ao local do acidente que acompanharam tudo... e o que ouvi foi de que eu só vou conseguir esse dinheiro na justiça.
Sem problemas, eu e alguns de vocês vão pensar.
Agora o que me deixa transtornado é que ao desenrolar a conversa, um sujeito que tem a capacidade de provocar um acidente, correr o risco de matar alguém, ainda virar pra vítima desse acidente e falar: "Você toma cuidado comigo que eu sou bandido, conheço um monte de gente influente aí" e também "Leve pra justiça, eu vou chegar lá e falar que posso pagar 50 reais por mês".
Vocês acham isso justo? Vocês acham isso correto? Quem já provocou um acidente, vocês teriam coragem de falar isso pra pessoa que estava envolvida? Ele teve, ao ponto de dizer que o correto é que cada um pagasse o seu prejuízo porque quando ele sofreu um acidente ele não foi atrás dos direitos dele.
Eu vou sim abrir um processo contra esse cara... mas já fui alertado que é possível que no final das contas eu não receba quase nada... e aí, caros amigos, vocês aprendem e a sociedade aprende e esse cidadão vai levar consigo a satisfação de poder contar pra todo mundo: PODERIA TER MATADO UM MOTOCICLISTA E ME SAFEI, NÃO TIVE QUE PAGAR UM CENTAVO. AMEACEI, DESRESPEITEI E AINDA ASSIM ME DEI BEM.
Quero acreditar em justiça divina, quero acreditar em qualquer coisa, mas esse gosto amargo da impunidade não me sai da garganta.
Me desculpem o desabafo, e aos que forem de Curitiba, o "bandido" em si é o dono do carrinho de cachorro quente "Sansão", na rua Coronel Luiz José dos Santos, na altura da Paulo Setubal. Não peço que façam justiça em meu nome... eu só peço pra que essa situação seja levada ao conhecimento de pessoas corretas para que pelo menos a justiça MORAL possa ser feita.
Foi assim que a Yamaha R1 ficou após o acidente
O amigo Igor Henrique Napol é uma pessoa que conheço de longa data e sei de seus esforços para consquistar cada um de seus sonhos.
Amigo, ainda bem que você está bem! EU não sabia do teu acidente.
Melhore logo, recupere-se das lesões, supere o trauma, siga sua vida e me pague uma cerveja!
Não esqueça da impunidade! Vá atrás dos seus direitos e reuna o máximo de testemunhas que conseguir para provar sua idoneidade no acidente.
Não é o fato do cara ser pobre e dono de uma barraca de cachorro quente que ele deve sair ileso. Pobreza não é desculpa para falta de caráter ou filhadaputagem. O nome disso é mediocridade!
Se ele só te pagar R$ 50,00 por mês, tenho a plena certeza de que esse dinheiro não fará nenhuma diferença pra você, mas ele sentirá a dor de desembolsar essa quantia ao invés de ir para a cadeia.
A justiça brasileira precisa parar com esse abrandamento para com os "injustiçados-sociais"! No fim das contas, o injustiçado está sendo você, que paga seus impostos, que batalhou a vida inteira em busca de um sonho, de uma vida melhor, de uma motocicleta dos sonhos e teve boa parte desse sonho destruido por um inconseqüente e irresponsável que sequer teve a hombridade de assumir seus atos falhos.
Força, amigo. Infelizmente escolhemos viver em um país tropical, bonito por natureza, mas que (como em todo lugar do mundo) tem suas maçãs podres e imprera na injustiça (não a social, pois esta é escolha de cada um).
Fique bem e agradeça por nada de mais acontecido.
No que eu puder ajudar, estou aqui!
Grande abraço!
::Porsche 911 C4::
Tudo aquilo que não me mata, me fortalece!
Um Porsche não morre se tiver peças AEM bem escolhidas.
Você não morre por gostar e rechaçar seu puritanismo.
Foto: Jonathan DeHate
Um Porsche não morre se tiver peças AEM bem escolhidas.
Você não morre por gostar e rechaçar seu puritanismo.
Foto: Jonathan DeHate
::Mercedes Benz W124 Coupe & OZ Futura::
"I know someday you'll have a beautiful life,
I know you'll be a star
In somebody else's sky, but why, why, why...
... Can't it be, can't it be mine" - Pearl Jam
I know you'll be a star
In somebody else's sky, but why, why, why...
... Can't it be, can't it be mine" - Pearl Jam
::Um mês, uma paixão e um orgasmo::
Por cerca de um mês tive a honra de hospedar em minha casa aquela que efetivamente mostrou-me o que é paixão automotiva. Num tempo de mudanças, correrias, atropelos, obrigações e tempo escasso, ofereci o espaço dedicado àquela que nunca me dedicou uma música. Eu sem carro e um amigo sem vaga. Nada seria mais sensato.
Lá ela ficou durante algumas semanas. O tempo que passava admirando-a não era nada contemplativo; eu não olhava com carinho aquela senhora de quase 40 anos trajando um curto vestido azul e olhos devassadores, e sim com o desejo ardente de um molecote de 13 anos à flor da puberdade. Nosso tempo de cortejos já havia passado, mas não por completo. Apesar do pouco contato que tivemos anteriormente, agora ela estava no quarto ao lado por alguns dias.
Sob o vestido azul providenciei dois cobertores macios para que não machucar sua pele lustrosa. Cuidei dela como se fosse minha e só não a massageei com cera por saber do ciúme que cada dono dedica a seus carros. Era como a esposa gostosa de um amigo, que sabe que é gostosa: você trata como homem para não perder a amizade, mas fita com os olhos aquele decote abusado quando ninguém está olhando. Existe respeito, mas olhar nunca arrancou pedaço (mas já ví arranacarem dentes).
Ligava-a a cada 3 dias impreterivelmente! Organizei minha rotina de modo que meus horários permitissem duas vezes por semana dedicar-lhe trinta minutinhos para que ela respirasse, vez ou outra desse uma voltinha no quintal e umas aceleradinhas para aguçar a marcha lenta também estavam em nosso encontro íntimo. O perfume da gasolina Podium exalado pelo escape eriçavam os pelos até mesmo daqueles mais desinteressados. Até minhas filhas ficaram apaixonadas por aquela doce moça de coração grande e traços delicadamente sedutores.
Então chega a notícia de sua partida: "Rafa, arranjei um lugar para ela e pro Tigra!". Seria no final de semana seguinte. Eu sabia que este momento chegaria mas, juro, não esperava que fosse tão cedo. Era como se aquele reles prazer fugaz me fosse tragado, mas eu nada poderia fazer. Pior: fui apunhalado e depois abraçado. "Você a leva pra mim! Considere como uma forma de agradecimento!"
O Bruno me ensinou que mineiro (apesar de não ser, trago dessa terra as minhas raízes) não nega agrados. Desde então deixei de ser imbecil e passei a aceitar mimos sem tolas cerimônias embebidas em falsos encabulamentos. Aquele dia que seria uma despedida, tornara-se um dia esperado. Por mais que ela fosse embora, eu sabia que aquilo iria acontecer cedo ou tarde, mas agora seria eu a guiá-la por uma distância considerável!
No Domingo a noite, colocamos ela pra funcionar. Por mais que ela seja a gasolina, por respeito às Webers a deixamos esquentar e neste interim ficamos de papo. Ganhei do amigo uma miniatura estilizada de um Herbie que deixou minha ansiedade um pouco mais controlada, mas o que eu queria ainda ronronava a parcos 1.500 Rpm na garagem.
A miniatura estilizada já está sobre o armário do trabalho e a cada dia me relembra de prazeres, obrigações, projetos, amizades e sentimentos escondidos. Melodramático, mas enfrentando fantasmas a batalha diária chega ao final com um suculento sabor de vitória!
"Vamos lá?!" - ele me disse. O que ouvi foi um melódico "deleite-se". O caminho eu já fazia idéia. Pegaríamos longas retas, limite de velocidade alto, curvas de fácil contorno e uma escolta atenta, mas que em momento algum me tolheu. A primeira curta logo acabava e pedia uma segunda vigorosamente disposta a embalar a esguia carroceria. A direção levemente dura por conta das grandes rodas de 15" e pneus largos mostrava-se extremamente dócil, direta e sensível, exigindo atenção e cuidado. A terceira urrava com gosto e deliciava os ouvidos com um estalido sedutor no escape quando acima dos 4.000 rpm. A quarta marcha abusou um pouco da minha paciência em reduções, mas foi nela que senti o enorme prazer de chegar aos 100 km/h em um carro que estava com as amarras presas havia algum tempo. O dono não é conservador na tocada, mas lembro-os que ela estava parada há algum tempo. A quinta é infinita e só a engatei em alguns momentos, pois o barulho do motor 2.000 cm³ com cabeçote de oito válvulas em alumínio aliado à quarta marcha deixavam aquela senhorita mais esperta e faceira.
Foram cerca de 20 km de conversas, olhares, sorrisos e um leve orgasmo que tornaram aquela noite de domingo inesquecível. "Gozar com o pau dos outros" é uma porcaria, mas a verdade é que eventualemente faz até bem à um coração cansado e ébrio. Carros não possuem sentimentos, mas ensinam-nos a tê-los em demasia!
Obrigado por tudo, amigo!
Lá ela ficou durante algumas semanas. O tempo que passava admirando-a não era nada contemplativo; eu não olhava com carinho aquela senhora de quase 40 anos trajando um curto vestido azul e olhos devassadores, e sim com o desejo ardente de um molecote de 13 anos à flor da puberdade. Nosso tempo de cortejos já havia passado, mas não por completo. Apesar do pouco contato que tivemos anteriormente, agora ela estava no quarto ao lado por alguns dias.
Sob o vestido azul providenciei dois cobertores macios para que não machucar sua pele lustrosa. Cuidei dela como se fosse minha e só não a massageei com cera por saber do ciúme que cada dono dedica a seus carros. Era como a esposa gostosa de um amigo, que sabe que é gostosa: você trata como homem para não perder a amizade, mas fita com os olhos aquele decote abusado quando ninguém está olhando. Existe respeito, mas olhar nunca arrancou pedaço (mas já ví arranacarem dentes).
Ligava-a a cada 3 dias impreterivelmente! Organizei minha rotina de modo que meus horários permitissem duas vezes por semana dedicar-lhe trinta minutinhos para que ela respirasse, vez ou outra desse uma voltinha no quintal e umas aceleradinhas para aguçar a marcha lenta também estavam em nosso encontro íntimo. O perfume da gasolina Podium exalado pelo escape eriçavam os pelos até mesmo daqueles mais desinteressados. Até minhas filhas ficaram apaixonadas por aquela doce moça de coração grande e traços delicadamente sedutores.
Então chega a notícia de sua partida: "Rafa, arranjei um lugar para ela e pro Tigra!". Seria no final de semana seguinte. Eu sabia que este momento chegaria mas, juro, não esperava que fosse tão cedo. Era como se aquele reles prazer fugaz me fosse tragado, mas eu nada poderia fazer. Pior: fui apunhalado e depois abraçado. "Você a leva pra mim! Considere como uma forma de agradecimento!"
O Bruno me ensinou que mineiro (apesar de não ser, trago dessa terra as minhas raízes) não nega agrados. Desde então deixei de ser imbecil e passei a aceitar mimos sem tolas cerimônias embebidas em falsos encabulamentos. Aquele dia que seria uma despedida, tornara-se um dia esperado. Por mais que ela fosse embora, eu sabia que aquilo iria acontecer cedo ou tarde, mas agora seria eu a guiá-la por uma distância considerável!
No Domingo a noite, colocamos ela pra funcionar. Por mais que ela seja a gasolina, por respeito às Webers a deixamos esquentar e neste interim ficamos de papo. Ganhei do amigo uma miniatura estilizada de um Herbie que deixou minha ansiedade um pouco mais controlada, mas o que eu queria ainda ronronava a parcos 1.500 Rpm na garagem.
A miniatura estilizada já está sobre o armário do trabalho e a cada dia me relembra de prazeres, obrigações, projetos, amizades e sentimentos escondidos. Melodramático, mas enfrentando fantasmas a batalha diária chega ao final com um suculento sabor de vitória!
"Vamos lá?!" - ele me disse. O que ouvi foi um melódico "deleite-se". O caminho eu já fazia idéia. Pegaríamos longas retas, limite de velocidade alto, curvas de fácil contorno e uma escolta atenta, mas que em momento algum me tolheu. A primeira curta logo acabava e pedia uma segunda vigorosamente disposta a embalar a esguia carroceria. A direção levemente dura por conta das grandes rodas de 15" e pneus largos mostrava-se extremamente dócil, direta e sensível, exigindo atenção e cuidado. A terceira urrava com gosto e deliciava os ouvidos com um estalido sedutor no escape quando acima dos 4.000 rpm. A quarta marcha abusou um pouco da minha paciência em reduções, mas foi nela que senti o enorme prazer de chegar aos 100 km/h em um carro que estava com as amarras presas havia algum tempo. O dono não é conservador na tocada, mas lembro-os que ela estava parada há algum tempo. A quinta é infinita e só a engatei em alguns momentos, pois o barulho do motor 2.000 cm³ com cabeçote de oito válvulas em alumínio aliado à quarta marcha deixavam aquela senhorita mais esperta e faceira.
Foram cerca de 20 km de conversas, olhares, sorrisos e um leve orgasmo que tornaram aquela noite de domingo inesquecível. "Gozar com o pau dos outros" é uma porcaria, mas a verdade é que eventualemente faz até bem à um coração cansado e ébrio. Carros não possuem sentimentos, mas ensinam-nos a tê-los em demasia!
Obrigado por tudo, amigo!