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::Dodge Ram 2500 Quad Cab PurEvil::

Meu pai (que sempre odiou carros rebaixados) sempre me disse que carros bons são aqueles capazes de levar a família com conforto e segurança, além de ter uma boa capacidade de carga e tração. Obviamente ele é fã de carros grandes, altos, motores a diesel e, apesar de não saber disso pois não se liga muito no meio automotivo, sempre me aponta uma F-250, uma S10, Ranger, Ram e chegou ao cúmulo de dizer que a nova Fiat Strada Locker cabine estendida era um carro perfeito para ele. Relaxem... já tirei esta idéia esdrúxula da cabeça coberta por fios brancos do meu pai.



Apesar de todos os pesares, gostos e desgostos familiares, preciso dar o braço a torcer no tocante a um ponto: As picapes são "pau para toda obra". Carregar mais de 1.000kg com a mesma desenvoltura que uma Ford F-250 ou uma Dodge Ram é coisa que nem mesmo outras picapes de cabine dupla são capazes de fazer e foi baseado justamente nesta multiplicidade que "J" (apelido do proprietário), morador de Minot, North Dakota, em Las Vegas/USA resolveu adquirir sua Dodge Ram 2500 Quad Cab Short Bed (para fazer par com um Dodge Charger R/T Black '06 e uma Harley Davidson customizada no estilo Chopper).

Por sí só, a Dodge Ram já impressiona. Seja pelo tamanho, força, desenvoltura, agressivo conjunto estético... é um carro marcante. Mas mesmo com todos estes atributos sempre é possível melhorar uma coisa ou outra. Ou mesmo muitas delas.








O motor Cummins 6,7L de seis cilindros em linha, turbo, movido a diesel recebeu uma nova turbina da Industrial Injection modelo Silver Bullet .66/.74 capaz de suportar até 800cv. Toda a alimentação vem da bomba de combustível modelo Dual CP3 da mesma empresa funcionando com um kit Wicked Diesel Arson III composto por conduites, conectores de alta pressão e um dosador para domar o ímpeto da pressão advinda da bomba de combustível. Os responsáveis por jorrar todo o combustível nas câmaras são seis bicos injetores Dynomite Diesel e Performance-DDP capazes de fornecer combustivel para alimentar até 120hp cada um. A admissão recebeu um kit AFE stage II composto de um filtro de ar de grande volume e tubulações para compor o CAI e buscar ar mais frio na grade dianteira. O coletor de admissão foi substituido por um ATS composto de duas peças (um para cada três cilindros). O intercooler é da Banks Techincooler de dimensões generosas para conseguir resfriar o ar admitido e da mesma empresa veio a flande adaptadora da turbina para o corpo de borboleta modelo High Ram Intake.









O sensor MAF recebeu um clamper da Quadzilla modelo Boost Fooler para fazer com que a centralina seja "enganada" e assim possa ser reprogramada com maior facilidade. Com a ajuda do software Smarty S-06 Programmer instalado em uma TS Performance Mp8 Pressure Box, ligado à ECU, todos os parâmetros de admissão, injeção e ignição puderam ser re-orientados, permitindo ajustes e acertos constantes apenas plugando um notebook. Para alimentar a usina, foi adotada uma bomba de combustível Air Dog modelo 150 que manda diesel sob grande pressão para os bicos de alta vazão. Os prisioneiros do motor são da ARP e asseguram a integridade do Cummins. Para liberar o excesso de pressão foi instalada uma válvula blow-off da BD Turbo.








O coletor de escape foi completamente confeccionado em aço inox de 5" e passa apenas por um enorme abafador de alto fluxo, formando uma espécie de 6x2x1. Apesar da beleza e do brilho do inox, "J" preferiu pintar o escape de preto com tinta resistente à alta temperatura. A ponteira é em 6" da RBP Exaust. O diferencial agora é um 4.56 e conta com um blocante Yukon para melhorar a tração.

Internamente foi instalada na coluna "A" um suporte para os manômetros de pressão do óleo, combustível e turbo. Para evitar "flagras" indesejados instalou-se ainda um anti-radar móvel da Uniden Bearcat BC-12T e um identificador de radares da Escort Passort modelo 8500X. Um conjunto de cinco chaves extras para auxiliar nas futuras modificações.





Externamente, algumas modificações foram feitas tanto para facilitar o acesso, quanto para deixar o visual da Dodge Ram ainda mais intimidador. Os pára-choques e a parte inferior das portas receberam a aplicação de um vinil confeccionado pela iWerx Desing (empresa do proprietário da Ram) utilizando um tema peculiar: caveiras. O vinil estendeu-se até a tampa da caçamba de uma forma bastante interessante. Não "lacra" a tampa, mas também não passa desapercebido. Os faróis receberam máscara negra enquanto as lanternas foram pintadas de preto, assim como o brake-ligth. A grade dianteira foi pintada de preto, perdendo o cromado original. Para facilitar o acesso ao interior, foram instalados discretos e funcionais degraus da AMP Research que aparecem ao abrirem-se as portas. Para melhor acomodar o novo e largo conjunto de rodas e pneus, foi preciso instalar um conjunto de fender flares (alargadores laterais nas caixas de roda) confeccionados em plástico injetado da Bushwacker modelo Pocket Style.







As rodas utilizadas atualmente são as belas RBP modelo 91R de medidas 10x20" calçadas por enormes pneus Nitto Mud Grappler de medidas 37x13,5x20" (em algumas fotos aparece com o modelo KMC RockStars de 20"). O tamanho até impressiona, mas o crédito de tamanha imponência é todo do conjunto de suspensão adotado. Composto por um conjunto de elevação da Tough Country ajustado para elevar a carroceria em 8", ainda foram instalados braços de ajuste para 8" da Top Gun Customz e amortecedores de 8" da mesma marca. As molas adotadas são da Atlas Springs de 8". O conjunto de suspensão recebeu o auxílio de barras de torção ajustáveis da Pure Performance para manter tudo em ordem e evitar torções elevadas no chassi.






Aqui com as RBP 91R 10x20"


Os planos futuros de "J" incluem uma longa lista de modificações, tanto estéticas quanto de performance. A transmissão deve ganhar engrenagens forjadas para aguentar a cavalaria a ser gerada por um par de turbos de dimensões generosas. A carroceria deve ser completamente plotada em preto fosco. A parte inferior da carroceria e chassi deve receber uma grossa camada de algum produto contra pedras, ferrugem e sujeira, facilitando a manutenção, conservação e limpeza. Devem ser instalados novos pára-choques dianteiro e traseiro da Fab Four. Faróis de milha, novos fender flares mais generosos confeccionados em fibra de vidro e a atualização para os modelos 2006-2008 também estão na lista do proprietário. O sistema de som deve ganhar um conjunto completo de monitores, sistema de navegação por satélite (GPS) e falantes Alpine. As rodas também mudarão, de largura. O futuro conjunto pretendido é o mesmo RBP 91R mas de medidas 12x20(atualmente é 10x20") com pneus Mickey Thompson MTZ de medidas 28x12,5x20".

Gerando mais de 350cv num motor de seis cilindros movido a diesel e com um torque de mais de 700lbs/ft, é de se compreender tamanho cuidado e a utilização de peças de qualidade para não ter dores de cabeça. Para a proposta de um carro de inverno, tração 4x4 e para algumas aventuras, estaria bom, mas nunca é o suficiente...

Abraços!

::Fiat Uno SCR::

A verdade é que fui arrebatado pelo Fiat Uno quando tive um. Apesar de tamanhas discussões controvessas, em diversos fóruns e tantas caras torcidas ao falar do pequeno Fiat, desde que tive um, passei a gostar destes simpáticos "caixotinhos" e volta e meia acabo procurando alguns modelos equipados/preparados para deleitar meus olhos.



Aqui no Brasil, a mania de apreciadores de Unos começou a cerca de 6 ~ 7 anos. Hoje conheço pessoas que só vendem seus Unos para comprar outro mais novo. Neste grupo ainda encontro pessoas que não vendem seus Unos por preço nenhum. A verdade é que apesar dessa "onda" ter começado a pouco tempo aqui no Brasil, na vizinha argentina os Fiats são os grandes objetos de preparação no país, apesar de que, assim como no Brasil, a miscigenação e a grande quantidade de modelos importados, vem roubando um pouco dessa grande massa.






Numa destes passeios por fóruns argentinos, encontrei um exemplar relativamente simples, mas que deixou muito carro mais potente para trás ao percorrer os 250m do Autódromo de Mar del Plata em meros 12,28 segundos empurrado por um motor 1.7L de oito válvulas. Agora o belo Fiat Uno SCR conta com algumas melhorias que ajudaram a elevar sua cilindrada para 1.8L com o uso de virabrequim de Fiat Linea, bielas utilizadas nos modelos MPI, pistões forjados, cabeçote preparado com válvulas maiores e carburador preparado para dar conta do recado e manter o sistema sempre bem alimentado.






Como a grande maioria dos automóveis preparados para a arrancada argentina, este Uno SCR teve sua suspensão completamente trabalhada para suportar as vigorosas arrancadas, contando agora com amortecedores de maior carga e molas preparadas que ajudam a transmitir toda a potência do motor 1.8L, estimada em 160cv, para os pneus radiais montados em rodas orginais do modelo SCR de 13".

Uma das grandes vantagens deste exemplar é que seu proprietário também pode utilizá-lo diariamente, pois o Uno está completamente regularizado, bastando apenas que a suspensão traseira seja regulada para um nível mais baixo.



Fato é que quem aprecia um motor de Uno preparado, sempre recorre aos sites e fóruns argentinos para ter uma idéia, buscar soluções, importar peças ou apenas ver qual é a insanidade da vez que nossos hermanos estão aprontando.

Abraços!

::Touge Heros - Project2::

.:run4fun:.


3:24AM - Hora de levantar. O sol ainda demora para nascer, mas não é possível esperar nem mais um segundo sob os lençois. A insônia já toma conta e o melhor a fazer é levantar. Ver TV? Fazer um lanchinho na madrugada? Não... o melhor é vestir um agasalho, calçar um tênis, buscar o carro na garagem e sair para dar uma volta. O dia anterior não foi nada fácil e como é difícil encontrar amigos acordados à esta hora para conversar, o melhor mesmo é entender-se com o carro. Uma rápida corrida pela cidade cai bem para aliviar o stress.

Assim começa a segunda parte do projeto Touge Heros, algo como Heróis da Montanha. Desnecessário então dizer que trata-se de um filme de Drift.

Vasculhando a internet encontrei um blog onde havia um titulo e um simples comentário: "GREAT!!!". Pra mim, mais que o suficiente para instigar a curiosidade e deleitar meus olhos com ótimos minutos de um video bem produzido pela galera do Touge Heros.



Uma produção, uma introdução e um belo conjunto de cenas compiladas da melhor maneira possível.

É instigante ver o Nissan S14 curvando trechos estreitos com o pé "no porão", fumaça subindo vertiginosamente e borracha fritando o asfalto.

Depois que o amigo Harry me enviou uma cópia do DVD WagenWerks, fiquei viciado em cars short-movies bem produzidos e vez ou outra dou a sorte de encontrar alguns dos mais diversos tipos de produção.

Abraços!

::Dodge Viper SRT-10 Twin Turbo::

Víboras são répteis com grande poder de peçonha. Sua cabeça triangular e suas grandes presas curvas denunciam que o veneno produzido pode ser capaz de matar. Algumas víboras possuem veneno suficiente para matar um animal adulto de grande porte e não fazem a menor cerimônia em utilizá-lo. O ser-humano descobriu que do veneno destas víboras é possível criar a cura para seu próprio veneno, mas também descobriu que é possível envenenar ainda mais este animal... só que de uma forma diferente.

Ah, as maravilhas da genéti... ops... aqui não é Discovery Channel ou National Geographic!!! O embalo da conversa tende a sair da área animal uma vez que estamos tratando de carros. Se o carro em questão for um Dodge Viper SRT-10 que caiu nas mãos da Underground Racing é melhor afivelar o cinto de segurança até que falte o ar, pois o trabalho desenvolvido sobre o motor 8.0L V10 é algo descomunal.



A engenharia mecânica concedeu ao Viper da Underground diversas melhorias em todos os pontos do carro tentando ao máximo aliar chassi e suspensão à brutalidade do motor. Ao V10 foram adicionadas duas turbinas Precision .76 desenvolvidas pela empresa especialmente para este projeto, com o auxílio de um intercooler frontal com tubos e coletor de admissão com CAI, para aspirar o ar mais frio através do filtro K&N, confecccionados em aço inox. Cada lado da pressurização conta com uma wastegate billet da Tial e uma blow off para controlarem e liberarem o excesso de ar admitido. As junções são confeccionadas com em silicone e reforçadas com fibra de vidro para suportarem tamanha pressão. Para não enlouquecer a central da Motec, os sensores MAP e MAF foram modificados e reprogramados.



Os cabeçotes JM Performance receberam polimento nos dutos, equalização, válvulas com molas de maior carga para evitar flutuação em altíssimos giros, balanceiros roletados Crower e um comando com graduação a escolha do comprador. Os pistões são forjados da CP Race, em conjunto com bielas forjadas da Oliver utilizam anéis de vedação para reforçados. Os prisioneiros são da CP Race e desta empresa ainda foi adicionado um radiador de óleo de grande volume para suprir a necessidade do enorme e sedento motor. O virabrequim é forjado e trabalhado para maior passagem de óleo, evitando indesejáveis quebras e percauços. O coletor de escape em aço inoxidável recebeu tratamento cerâmico capaz de suportar temperaturas de até 1700°C.



Para alimentar todo o haras gerado pelo conjunto, uma pré-bomba interna envia combustível para uma bomba externa Aeromotive de alta vazão, que preenche a linha de combustível revestida em malha de aço inox com todos os conectores da Aeroquip e o entrega aos bicos de alta vazão da AEM, por meio de flautas billet através de um dosador de alta pressão também billet da Aeromotive. O conjunto conta ainda com um EBC - Eletronic Boost Controler da GReddy operando com 11 e 19Psi fazendo com que o sistema possa operar com 1000cv e 1300cv respectivamente.





Toda a potência é repassada ao sistema através de uma embreagem reforçada Mcleod, um blocante de diferencial Quaife e um conversor de torque específico para carros de alta performance. Quem sofre bastante com isso são os pneus 275/30-19" montados em rodas forjadas 9x19" na dianteira por tentarem ordenar a trajetória enquanto os largos 345/30-20" montados em rodas 12x20" da traseira empurram toda a massa em frente! A suspensão full-coilover com amortecedores a gás da Penske mantém o Viper sempre firme seja nos passeios de final de semana ou nos autódromos, quando o Viper libera todo seu veneno. Para parar, os discos de freios são mordidos por pinças de quatro pistões na dianteira e três pistões na traseira com pastilhas de semi-competição.



Externamente ainda foi adicionado um grande aerofólio confeccionado em fibra de carbono sobre a tamba do porta-malas para ajudar a segurar o ímpeto desta víbora, mas creio que um pára-quedas seria mais eficaz nesta tarefa.

Que o veneno de uma víbora pode ser mortal, não há dúvidas. Basta abusar um pouco mais do acelerador. Ou você ainda estava achando que eu falaria do réptil?

Abraços!